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“Não me incomoda estar fora das listas de melhores restaurantes”, diz Henrique Fogaça

O chef acaba de deixar temporariamente o MasterChef Brasil e se prepara para realizar uma série de jantares a quatro mãos por Portugal; confira a entrevista

Henrique Fogaça: lançamento de livro com 45 receitas próprias (Sal/Divulgação)

Henrique Fogaça: lançamento de livro com 45 receitas próprias (Sal/Divulgação)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 15 de fevereiro de 2023 às 07h00.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2023 às 12h52.

Henrique Fogaça virou um dos chefs mais conhecidos do Brasil graças principalmente à visibilidade do reality culinário MasterChef Brasil, na Band. Neste mês a emissora anunciou que Fogaça deixará temporariamente o programa após nove temporadas. Em seu lugar entra Rodrigo Oliveira.

Um dos projetos pessoais a que Fogaça se dedicará a partir de agora será uma série de jantares por Portugal entre o fim de fevereiro e começo de março para promover o lançamento de seu livro “O Mundo do Sal: cultura e receitas do chef Henrique Fogaça”, com 45 descrições de pratos de sua autoria .

Os cinco jantares terão lugar em Aveiro, Porto, Cascais, Évora e Algarve, a partir do próximo 23 de fevereiro. Os eventos gastronômicos estão sendo organizados pela Excelência de Portugal, uma soft brand para promoção de hotéis e restaurantes de Portugal, junto com a editora Essencial Ideias, que publica a obra.

Os jantares serão feitos em parceria entre Henrique Fogaça e chefs de renome portugueses como Vitor Sobral, João Vieira e Jorge Peças. A ideia é celebrar a gastronomia portuguesa juntamente com a culinária brasileira, em um grande evento de fusão harmonizado com grandes vinhos portugueses.

Os ingressos custam entre 125 e 150 euros e incluem um livro autografado. Confira a seguir a entrevista com Fogaça.

Qual a sua conexão com a culinária de Portugal?

A minha conexão com a culinária de Portugal começa pela simplicidade da gastronomia portuguesa. Acredito que, na culinária, é na simplicidade que conseguimos sentir os  melhores sabores e a qualidade dos ingredientes e insumos. E também pelo fato de falarmos a mesma língua, facilitando a nossa conexão.

Como acha que vai ser a recepção do público português com a sua gastronomia?

Fui muito bem recebido todas as vezes que visitei Portugal, uma delas foi até apresentando o MasterChef.  Acho que as pessoas vão me receber muito bem porque os portugueses gostam bastante dos brasileiros. Falando de gastronomia, acho que estamos no mesmo patamar de qualidade e ingredientes, então acredito que será uma boa recepção.

Como é co-criar com outros chefs? É algo que você costuma fazer?

Já fiz alguns eventos com mais dois ou três chefs. Inclusive na última vez que fui para Portugal fizemos um jantar para mil pessoas com o objetivo de exaltar a Amazônia, e no evento tive a oportunidade de cozinhar com mais dois chefs. Gosto muito de co-criar com outros chefs porque acabamos mesclando as culinárias, o que traz uma explosão de sabores.

O que seria da gastronomia sem o sal, tema do seu livro?

A gastronomia sem o sal não existiria. O sal é o ingrediente mais usado em todas as cozinhas do mundo, é um ingrediente que ressalta o sabor da comida. A comida sem o sal não seria a mesma que é hoje.

Incomoda o fato de o Sal não ficar nas primeiras colocações nas listas internacionais de melhores restaurantes?

Não me incomoda nem um pouco. Existem diversos tipos de gastronomia, tem pessoas que trabalham em torno de alcançar o nível dos melhores do mundo, como o guia Michelin. Com a minha gastronomia gosto de poder sentir que os clientes estão felizes e me sentir feliz e satisfeito com os pratos que eu crio.

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