Mick Jagger: agora, 50 anos de sucesso de depois, sua legião de fãs aguarda a possibilidade dos Stones realizarem um novo álbum e uma nova turnê em 2013 (Dave Hogan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2012 às 08h02.
Londres - Dos shows em pequenos clubes de blues na capital londrina até o infalível sucesso comercial, os Rolling Stones, a banda de maior longevidade na história do rock, completa nesta quinta-feira 50 anos de sua primeira apresentação oficial.
Fundado em abril de 1962, o lendário grupo de Londres fez seu show de estreia no dia 12 de julho daquele mesmo ano no mítico Marquee Club, época em que o vocalista Mick Jagger tinha apenas 18 anos.
Meio século e algumas mudanças depois, a formação composta por Jagger, Keith Richards (guitarra), Ronnie Wood (baixo) e Charlie Watts (bateria) se mantém viva com alguns projetos, embora separadamente.
Para celebrar essas cinco décadas em que o grupo vendeu mais de 200 milhões de cópias, com 24 álbuns lançados, os Stones voltam a se reunir nesta quinta para lançar o livro que revisa toda essa trajetória através de emblemáticas fotos.
Além de imagens - algumas tiradas por Philip Townsend, autor das primeiras fotos da banda, o livro 'The Rolling Stones: 50' também conta com materiais inéditos do grupo que foram selecionado pelos próprios músicos.
A obra, que inclui 700 imagens (300 coloridas), ainda conta com muitas fotos extraidas do arquivo do tablóide britânico 'The Daily Mirror' - dono da maior coleção de jornal de fotografias dessa banda. O livro fotográfico, segundo os próprios musicos, 'narra a história de 50 anos fantásticos'.
A sucessão de instantâneas das 'Satânicas Majestades' - autores de verdadeiros hinos do rock, como '(I Can't Get No) Satisfaction', 'Sympathy for the Devil' e 'Gimme Shelter' - documenta a trajetória de sucesso de uma formação que conseguiu ter a crítica aos seus pés com sua música, sua estética e sua atitude provocadora.
Além do lançamento do livro, que contará com a presença dos musicos, a Somerset House de Londres também abrigará uma exposição fotográfica com material inédito. Essa mostra, que também documenta esse meio século de sucesso dos Stones, terá entrada gratuita e será aberta ao público a partir de sexta.
Para marcar a ocasião, os Stones também apresentaram um novo logotipo: um desenho feito por Shepard Fairey, artista fetiche entre os roqueiros, que remodelou sutilmente a boca que identifica a banda há anos.
Fairey, autor do famoso pôster de Barack Obama e autor de inesquecíveis capas, acrescentou um círculo ao redor da sugestiva boca vermelha com o lema 'Os Rolling Stones/Fifty Years', incorporando o número 50 entre o nome do grupo.
Ao longo desses 50 anos, os Stones levaram muitos prêmios, acumularam muitos shows lendários e foram incluídos, em 1989, no Hall da Fama do Rock and Roll. Em 2004, eles também ocuparam o quarto lugar na classificação dos 100 maiores artistas de todos os tempos da prestigiada revista 'Rolling Stone'.
Outra publicação, a britânica 'Q', considera que os autores dos cultuados 'Beggars Banquet' (1968), 'LeT It Bleed' (1969), 'Sticky Fingers' (1971) e 'Exile on Main St.' (1972) são uma 'das 50 bandas que tem que se ver antes de morrer'.
Agora, 50 anos de sucesso de depois, sua legião de fãs aguarda a possibilidade dos Stones realizarem um novo álbum e uma nova turnê em 2013, algo que Richards e Jagger já chegaram a comentar, apesar da desgastada relação que há entre os musicos atualmente.
Aparentemente, as desavenças entre Jagger, tido como um 'playboy' pela imprensa britânica, e Richards, visto como um rebelde e dono da mais pura essência do rock, se agravaram após o lançamento da biografia de Keith Richards - 'Life' (2010) -, onde o guitarrista não fez questão de medir as palavras ao se referir ao companheiro.
A última turnê mundial dos Stones, intitulada "A Bigger Band", foi iniciada em 2007, apresentado 147 shows em 118 cidades e vendendo 4,5 milhões de entradas em dois anos.
O que parece ser claro é que, 50 anos depois daquele primeiro show oficial, os Stones são devidamente capazes de assumir um rótulo único: a banda com maior longevidade na história do rock.