Ator Sylvester Stallone aparece com Andy Karl, que estrela a versão musical da Broadway de Rocky, em Manhattan, Nova York (Andrew Kelly/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2014 às 15h59.
Nova York - Com um ringue de boxe em tamanho real, telões gigantes e magia tecnológica, o musical "Rocky" empolgou o público da Broadway com um final emocionante, mas, no geral, críticos disseram que o espetáculo não é nenhum nocaute.
O musical, que estreou na quinta-feira à noite, é baseado no filme de Sylvester Stallone de 1976, ganhador do Oscar de melhor filme, que mostra as dificuldades de um pugilista do sul da Filadélfia que se apaixona por uma moradora local e consegue a chance de sua vida de lutar contra o atual campeão.
O veterano da Broadway Andy Karl, que estrelou "Jersey Boys" e "Wicked", assume o papel que foi de Stallone como Rocky Balboa, e Margo Seibert, em sua estreia na Broadway, é Adrian, a tímida funcionária de uma pet shop que conquista o coração do lutador.
"Graças a esses atores excelentes, você torce por Rocky, o romântico com tartarugas de estimação, e Adrian, a garota que ele convence a sair de sua concha", disse o New York Daily News.
O Hollywood Reporter disse que Karl se aproxima do modelo de Stallone como Rocky, mas injeta uma nova vitalidade e humor ao personagem.
"A química delicada entre Karl e Seibert aquece seu estranho romance, e os solos de Adrian, as melancólicas "Raining" e "I'm Done", em que ela, finalmente, se afirma... estão entre os melhores números", disse.
Mas o que realmente agradou o público foi o final, a sequência de luta em que Rocky enfrenta o campeão Apollo Creed, interpretado com entusiasmo por Terence Archie ("Ragtime"), que originou o papel na primeira montagem do musical, em Hamburgo, na Alemanha, em 2012.
No final, os espectadores das primeiras fileiras são levados para a arquibancada criada no palco, à medida que o ringue de boxe avança sobre o teatro para a grande luta, e o público cumprimenta os lutadores enquanto eles passam pelos corredores para o ringue.
O Chicago Tribune disse que se trata de um final de arregalar os olhos.
"É difícil exagerar os méritos desta luta final, que é a razão pela qual 'Rocky' tem o aroma de um sobrevivente de longo prazo na Broadway", disse.
O New York Post ficou igualmente impressionado.
"O diretor Alex Timbers ('Bloody Andrew Jackson') ganha seu sustento bem ali. Se você pudesse ganhar um Tony baseado em apenas 20 minutos, 'Rocky' seria arrasador", disse.
"O problema é que o final é precedido por uma hora e meia de momentos menos emocionantes", acrescentou.
Rocky, A Lenda
Cenas famosas do filme são replicadas no musical, como Rocky socando pedaços de carne em um açougue, malhando em uma academia, correndo de moletom e gorro pelas ruas sujas da cidade e subindo os degraus do Museu de Arte de Filadélfia.
Com Stallone como produtor, o show tem música de Stephen Flaherty e letras de Lynn Ahrens, uma equipe que ganhou um Tony por "Ragtime".
Mas o Daily News considerou as canções "eficientes, não memoráveis" e disse que "Eye of the Tiger" perdeu alguma coisa em seu mudança do filme para o palco.
E, embora o New York Times tenha ficado impressionado com o final do show, dizendo que era "um ataque multimídia sobre os sentidos que coloca grande parte do público de pé", o jornal disse que o musical pode ter apostado demais na lenda Rocky.
"Pelo que eles nos deram, é um espetáculo... que se coloca fora de qualquer tipo de competição, mesmo em uma temporada sem brilho para musicais da Broadway", disse.