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Museu do futebol tem programação de Copa

O museu traz saraus de poesia, performances literárias, filmes, oficinas e jogos educativos para quem quiser curtir um jeito diferente de ver o futebol


	Pacaembu: a mostra lembra o centenário da seleção brasileira
 (Wikimedia Commons/Reprodução)

Pacaembu: a mostra lembra o centenário da seleção brasileira (Wikimedia Commons/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 08h51.

São Paulo - É Copa do Mundo, não poderia faltar programação especial no Museu do Futebol. E não falta. Futebol das Artes, desde terça-feira, 10, em cartaz, traz saraus de poesia, performances literárias, filmes, oficinas e jogos educativos para quem, entre uma partida e outra da Copa, quiser curtir um jeito diferente de ver o futebol.

Entre as várias atrações, a joia da coroa é uma homenagem ao maestro Gilberto Mendes. Vem na forma de uma instalação audiovisual com músicas e histórias do compositor que, aos 92 anos, pode se gabar de ter assistido a todas as Copas.

Mendes não foi escolhido ao acaso. É, dos compositores de música contemporânea, o que tem ligação mais direta com o jogo da bola. A pièce de résistence do seu repertório inclui Santos Football Music, homenagem musical ao Santos de Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.

É uma das peças mais empolgantes do repertório erudito contemporâneo, mesclando orquestra, narração radiofônica e participação ativa da plateia, que se transforma em torcida.

Outra atração é a exibição de filmes relacionados ao futebol. Há títulos como Pelé e Garrincha - Deuses do Brasil, de Jean-Christophe Rosé, Barbosa, de Jorge Furtado, Um Craque Chamado Divino, de Penna Filho, Esperando Telê, de Rubens Rewald e Tales Ab’Saber, João Saldanha, de Beto Macedo e André Iki Siqueira, O Dia em Que o Brasil Esteve Aqui, de Fábio Altman, entre outros.

A retrospectiva é uma pequena amostra de como o futebol já serviu de tema para as câmeras de cinema.

No texto preparado pelo curador da mostra, Adilson Mendes, revela-se o desejo de flagrar a ressonância do fenômeno futebol no imaginário artístico em suas várias vertentes - música erudita e popular, poesia, cinema, literatura, artes gráficas, circo.

Lembra também Adilson que a "invenção inglesa" entrou no Brasil pela porta da elite, porém logo foi apropriada pelas classes populares, que passaram a praticá-la e, assim fazendo, a transformaram em forma de expressão e arte.

A mostra lembra também que a expressão máxima do futebol brasileiro, a sua seleção, completa seu centenário em 2014. Outro bom motivo para comemorar. E, quem sabe, com um hexa em casa, por que não?

A programação de Futebol das Artes pode ser conferida em http://www.museudofutebol.org.br. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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