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Mostra inédita do mestre modernista Paul Klee começa nesta quarta em SP

Klee ganha, pela primeira vez na América Latina, uma exposição com mais de 100 peças

Red Eye ("Olho Vermelho"): obra de Paul Klee, parte da mostra "Equilíbrio Instável" ("Equilíbrio Instável" - Paul Klee/Direitos reservados/Divulgação)

Red Eye ("Olho Vermelho"): obra de Paul Klee, parte da mostra "Equilíbrio Instável" ("Equilíbrio Instável" - Paul Klee/Direitos reservados/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 11 de fevereiro de 2019 às 09h17.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2019 às 09h19.

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) abre na próxima quarta-feira (13) a temporada brasileira da exposição "Paul Klee - Equilíbrio Instável", com a primeira parada na cidade de São Paulo. Com uma obra que estabelece interseções com diversos movimentos artísticos, como o cubismo, o expressionismo, o construtivismo e o surrealismo, Klee ganha, pela primeira vez na América Latina, uma exposição com mais de 100 peças.

Ao todo, são 16 pinturas, 39 papéis, cinco gravuras, cinco fantoches - que criou, por uma década, para seu filho Felix, com carretéis de linha, tomadas e ossos de boi fervidos -, 58 desenhos e objetos pessoais do artista, todos selecionados pela curadora Fabienne Eggelhöfer, do Zentrum Paul Klee, de Berna, na Suíça. Sediada na cidade onde Klee nasceu, viveu a infância e parte significativa da vida adulta, o museu mantém atualmente sob sua guarda mais de 4 mil obras produzidas pelo artista.

Segundo a diretora executiva da Expomus, empresa produtora da exposição, Roberta Saraiva, algumas das obras do pintor já puderam ser conferidas durante a 2ª Bienal de São Paulo, de 1953. O evento, que ficou conhecido como a "Bienal de Guernica", por exibir a famosa tela de Pablo Picasso, também levou ao público cerca de 60 obras de Klee.

Além do artista malaguenho, Klee cruzou, durante sua vida, com outras personalidades de renome, como o pintor e escritor Wassily Kandinsky. Klee e o russo tornaram-se colegas na escola alemã de vanguarda Bauhaus, fechada pelo governo nazista - o mesmo regime autoritário que classificou como "degenerado" o trabalho do pintor suíço.

Dado a explorar os recônditos da mente e das emoções, Klee buscou sempre franquear a liberdade de suas expressões - seja ao não desistir das artes plásticas, ao prosseguir em seu processo formativo mesmo tendo sua inscrição na academia rejeitada na Alemanha, seja ao questionar tendências da arte pictórica, acolhendo o que qualificasse pertinente para o que entendia como equilíbrio.

"Ele é um artista super importante, que deu origem a vários movimentos, mas que nunca recebeu um rótulo, uma sigla com a qual tenha se identificado. É uma espécie de pai de todos, um artista fundamental para a arte moderna no mundo", diz Roberta, destacando a natureza independente de Klee. "É a primeira vez que ele, tão fundamental, chega aqui de fato com uma retrospectiva. Quem visitar [a exposição] vai saber quem ele é, qual o seu percurso."

Viabilizada pela Lei Rouanet, a exposição terá nas três unidades do CCBB - São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte - entrada gratuita. Os ingressos poderão ser reservados antecipadamente no site Eventim.

Serviço

Exposição Paul Klee - Equilíbrio Instável

CCBB São Paulo: 13 de fevereiro a 29 de abril

CCBB Rio de Janeiro: 15 de maio a 12 de agosto

CCBB Belo Horizonte: 28 de agosto a 18 de novembro

Entrada gratuita

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