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Morrissey, o excêntrico mito do rock britânico

Cantor inglês, que faz shows no país a partir desta quarta, é cercado de peculiaridades. Além, claro, de ser considerado um dos maiores talentos da música britânica

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 18h28.

São Paulo - Ele não é Bono, mas liderou uma das bandas mais importantes da década de 1980. E há quem diga que o inglês Morrissey, que desembarca no Brasil para shows a partir desta quarta-feira, foi mais relevante para a música do que o U2. Ex-vocalista da banda britânica The Smiths, que teve uma prolífica carreira entre 1982 e 1987, Morrissey se mantém sozinho na estrada (embora já não tão prolífico) há mais de 20 anos, exceto por um pequeno intervalo feito entre 1997 e 2003.

O cantor, que se apresenta em Belo Horizonte nesta quarta, segue para o Rio (sexta, dia 9) e depois para São Paulo (domingo, 11, ingressos esgotados), é cercado de misticismos e curiosidades. É também, claro, detentor de um grande talento. Confira abaixo algumas das peculiaridades do mito musical inglês.

O ex-Smiths se apresenta nesta quarta em Belo Horizonte, no Chevrolet Hall. Os ingressos custam entre 160 e 280 reais e estão à venda no site da Tickets for Fun. As entradas para os shows de Rio de Janeiro e São Paulo, que acontecem respectivamente na sexta e no domingo, já estão esgotados.

Vegetarianismo

Morrissey é adepto do vegetarianismo desde os 11 anos. Em 2005, ele foi homenageado pelo PETA, que luta pelos direitos dos animais, e ganhou uma medalha por seu posicionamento. O cantor já criticou muita gente por fazer "apologia" ao consumo de carne, como o chef celebridade Jamie Oliver. Essa postura já rendeu situações engraçadas -- talvez nem tanto para os fãs --, como quando o inglês abandonou o palco no festival de Coachella, em 2009, após sentir um cheiro forte de carne cozinhando. Ele voltou pouco depois, mas os fãs não ficaram menos bravos. Morrissey também já se recusou a tocar em festivais que não apoiassem os vegetarianos. Um ano depois, ele criticou a China pelo tratamento dado pelo país aos animais, chamando os chineses de "subespécie". Esses também não ficaram muito felizes.

Logística

Nesta turnê pelo Brasil, Morrissey iria tocar em Porto Alegre, mas acabou cancelando o show por problemas de "logística": durante a viagem, ele não quer pegar aviões, apenas ônibus. Os mineiros de Belo Horizonte, que ganharam um show por causa disso, só têm a agradecer: bendita logística!


Ex-celibatário

Morrissey foi, principalmente durante o tempo da banda The Smiths, assumidamente celibatário, o que causou grande estranheza e curiosidade por parte da mídia e do público em geral. Em 1984, a revista Rolling Stone publicou que ele havia assumido sua homossexualidade, mas isso foi contestado por ele mesmo, que só tempos depois confirmaria a informação.

Língua solta

Morrissey adora dar sua opinião sobre qualquer assunto, desde a época dos Smiths, quando criticava o governo de Margaret Thatcher. No ano passado, ele não falou apenas do governo britânico, mas também da cobertura do casamento real, e comparou os ataques na Noruega a empresas de fast food ("Milhares de animais são mortos todos os dias no KFC e no McDonald's. Perto disso, esses ataques não são nada"). Na ânsia de emitir opinião sobre tudo, já construiu frases ótimas, como "David Bowie era fascinante em 1971 e 1972... mas não agora" e "Se futebol fosse jogado com a cabeça de Tony Blair, eu me interessaria pelo esporte". Louco? Sem dúvida, mas Morrissey sabe que ninguém o leva a sério. "Eu acho que, a essa altura, já devo ser chamado de doido e tudo o que digo deve ser ridicularizado, porque esse é um jeito ótimo de não lidar com os nossos problemas", disse ele à revista Clash. Ele também já foi acusado diversas vezes por racismo, mas sempre negou as acusações.

Nerdice

Morrissey adora dar sua opinião sobre qualquer assunto, desde a época dos Smiths, quando criticava o governo de Margaret Thatcher. No ano passado, ele não falou apenas do governo britânico, mas também da cobertura do casamento real, e comparou os ataques na Noruega a empresas de fast food ("Milhares de animais são mortos todos os dias no KFC e no McDonald's. Perto disso, esses ataques não são nada"). Na ânsia de emitir opinião sobre tudo, já construiu frases ótimas, como "David Bowie era fascinante em 1971 e 1972... mas não agora" e "Se futebol fosse jogado com a cabeça de Tony Blair, eu me interessaria pelo esporte". Louco? Sem dúvida, mas Morrissey sabe que ninguém o leva a sério. "Eu acho que, a essa altura, já devo ser chamado de doido e tudo o que digo deve ser ridicularizado, porque esse é um jeito ótimo de não lidar com os nossos problemas", disse ele à revista Clash. Ele também já foi acusado diversas vezes por racismo, mas sempre negou as acusações.

Repertório

O inglês costuma tocar as mesmas músicas em todos os shows, sempre privilegiando sua carreira solo, mas com uma boa dose de hits dos Smiths. Ele tem aberto todas as apresentações com First of The Gang to Die. Já antes do bis, ele toca How Soon is Now?, clássico dos Smiths. Entram ainda no setlist You Have Killed Me, You're the One for Me, Fatty, Everyday is Like Sunday e, claro, There Is a Light that Never Goes Out, I Know it's Over e Meat is Murder.

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