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Morre Hilda Furacão, prostituta eternizada em livro e série

Personagem inspirou livro de Roberto Drummond e foi representada por Ana Paula Arósio na TV

Ana Paula Arósio interpretou Hilda Furacão na televisão (JORGE BAUMANN / Divulgação)

Ana Paula Arósio interpretou Hilda Furacão na televisão (JORGE BAUMANN / Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 18h01.

São Paulo – Personagem icônica da história da cidade de Belo Horizonte, Hilda Maia Valentim, mais conhecida como Hilda Furacão morreu nesta segunda-feira, aos 83 anos, na Argentina. Ela vivia em um asilo em Buenos Aires, que confirmou o falecimento.

Hilda nasceu em 1931, no Recife, em Pernambuco, mas, ainda criança, viajou para Belo Horizonte, em Minas Gerais, com a família. Foi nessa cidade que ganhou fama ao se tornar prostituta.

A juventude da mulher serviu de inspiração para o romance “Hilda Furacão”, de Roberto Drummond, publicado em 1991, com os mitos criados em torno da musa. Alguns anos depois, a rede Globo adaptou a história para a televisão e lançou a minissérie homônima, em 1998, protagonizada pela atriz Ana Paula Arósio.

Hilda, no entanto, não foi prostituta a vida toda. Quando frequentava o Hotel Maravilhoso, na zona boêmia de Belo Horizonte, conheceu o jogador Paulo Valentim e casou-se com ele no fim dos anos de 1950.

Acompanhou o marido pelos países onde jogou, morando nas cidades de Buenos Aires, São Paulo e Cidade do México. O casal passou a viver em Buenos Aires definitivamente, após a aposentadoria de Valentim. Com a morte do marido, em 1984, Hilda passou a morar com seu filho Ulisses, também morto em 2013.

Depois de sua segunda grande perda e de ficar internada por seis meses devido a uma queda, ela se mudou para um asilo na capital argentina, onde permaneceu até o fim da vida. 

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