Cineasta húngaro Miklós Jancsó durante uma conferência de imprensa para o seu filme "Tanto para a justiça", em fevereiro de 2010 (Peter Josvai/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 18h04.
Budapeste - O cineasta húngaro Miklós Jancsó, diretor de cinco filmes indicados ao prêmio de melhor direção no Festival de Cinema de Cannes, morreu nesta sexta-feira de câncer de pulmão aos 92 anos, informou sua família.
Jancsó era elogiado de modo geral por ter dado ao cinema húngaro uma qualidade única, a de longas tomadas sem interrupção e um intenso exame dos relacionamentos do homem comum e dos que estão no poder.
O fértil diretor, com mais de 30 filmes e quase 50 peças curtas em sua carreira, sofria de câncer do pulmão havia algum tempo, segundo sua família e a agência húngara de notícias MTI.
Ele já estava com 37 anos quando fez o primeiro filme, em 1958, "Os Sinos Foram para Roma", e sete anos depois foi indicado ao prêmio de melhor diretor em Cannes pela produção "Round up".
Jancsó, que se casou três vezes, seguiu a roteirista italiana Giovanna Gallardo até a Itália, onde viveu com ela por uma década e dirigiu uma série de filmes italianos, incluindo "Vícios Privados, Virtudes Públicas", um drama histórico, de 1975.
Além da careira no cinema, ele presidia a Associação dos Diretores Húngaros e foi várias vezes candidato liberal ao Parlamento.