Painel em que os fãs de Michael Jackson escreveram homenagens ao "rei do pop": Jackson era uma figura perigosa pelas revelações pessoais que poderiam vir à tona, segundo testemunha (Angela Weiss/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2013 às 10h49.
Los Angeles - A imagem ruim de Michael Jackson durante seus últimos anos de vida o privou de patrocínio para o que seria seu último show, apesar da venda recorde de entradas, afirmou uma testemunha ante a justiça americana.
Eric Briggs, chefe da consultoria Consulting, testemunhou no início da 14ª semana do processo judicial que a família Jackson abriu contra o grupo AEG, promotor do último espetáculo do rei do pop.
Os filhos e a mãe do cantor, Katherine, acusam o AEG de negligência, argumentando que o grupo confiou a saúde do astro ao médico Conrad Murray, que atualmente cumpre pena de quatro anos de prisão por homicídio culposo.
A família também exige do grupo 1,5 bilhão de dólares em perdas e danos, cifra calculada pelos lucros que Jackson poderia gerar se ainda estivesse vivo.
No entanto, Briggs, testemunha da defesa, declarou que a imagem do cantor estava tão deteriorada que nenhuma empresa queria patrocinar "This is it", uma turnê de 50 apresentações que deveria marcar sua volta aos palcos.
Para as grandes empresas, Jackson era uma figura perigosa pelas revelações pessoais que poderiam vir à tona, principalmente envolvendo casos de pedofilia, argumentou a testemunha.
Michael Jackson morreu em 25 de junho de 2009, aos 50 anos, por causa de uma overdose de propofol, um anestésico poderoso que ele usava para poder dormir. O remédio era ministrado por Murray.