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Miami relaxa a quarentena e reabre lojas de roupas e salões de beleza

A cidade virou símbolo de excessos na pandemia, com mansão de Pharrel Williams e compra desenfreada de testes de covid-19

Restaurante reaberto em Miami: mais de 15.000 casos e quase 600 vítimas até agora (Marco Bello/Reuters)

Restaurante reaberto em Miami: mais de 15.000 casos e quase 600 vítimas até agora (Marco Bello/Reuters)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 20 de maio de 2020 às 06h43.

As ruas de Wynwood, bairro badalado de Miami repleto de galerias de arte, cervejarias artesanais e lojas de roupas, andaram meio vazias nas últimas semanas. Mas a partir de hoje, com a promoção da fase 1 de reabertura da cidade durante a pandemia do coronavírus, voltarão a ficar mais movimentadas.

Serviços não-essenciais como lojas de roupas, salões de beleza e escritórios, além de parques públicos, estão autorizados a funcionar a partir de hoje. A primeira fase de reabertura da cidade está sendo chamada de Stand Up Miami. Mas medidas rígidas de prevenção e higienização deverão ser respeitadas.

As lojas terão capacidade reduzida para 25% a 50% do normal, funcionários e clientes deverão usar máscaras e em muitos casos o atendimento funcionará com horário marcado. Outras cidades do condado de Miami já haviam dado início à fase 1 de reabertura. Agora, além de Miami, as medidas passam a valer também para Hialeah, Miami Beach e Miami Gardens.

Miami foi notícia nas últimas semanas não exatamente devido a boas práticas, mas a atos considerados excessos nesses tempos de pandemia. Em abril, no bairro de Fisher Island, uma ilha ao lado de Miami Beach, foram encomendados testes rápidos para detectar a covid-19 para todos os seus 1.300 moradores e funcionários.

Fisher Island é considerado o bairro mais rico dos Estados Unidos, com uma renda média de 2,5 milhões de dólares por ano, segundo a Bloomberg. Mesmo em Miami, a opulência de lá causa um alto contraste com a vizinhança. A apenas dez minutos de carro de fica o bairro de Overtown, de maioria afro-americana e com índices altos de violência.

A compra dos testes para a covid-19 foi feita por uma clínica privada e gerou muita controvérsia no país mais afetados pela pandemia do coronavírus e em que nem todos têm acesso garantido ao sistema de saúde. Até esta terça-feira, haviam sido registrados 1.520.029 casos e 91.187 mortes em todo o país, segundo a Universidade Johns Hopkins. No condado de Miami, são 15.864 casos e 566 mortes até agora.

Outra polêmica girou em torno da compra da mansão do cantor Pharrell Williams. A casa fica ao lado de Miami Beach e tem 1,6 mil metros quadrados de área construída, com direito a 9 quartos, 11 banheiros e uma adega para 2 mil garrafas de vinho, em um terreno de 14 mil metros quadrados. A aquisição foi feita às pressas, para o rapper poder passar lá a quarentena. Nada de errado com o ato – apenas de imagem em meio a uma das maiores crises econômicas da história.

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