Entre os obesos, 33% são sedentários e 28,1% praticam exercícios três vezes por semana (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2013 às 12h03.
São Paulo – Foi-se o tempo em que a preocupação com o excesso de peso era apenas estética. Para além dos padrões de beleza atuais, viver em paz com a balança pode afastar riscos de problemas de saúde, como a diabetes tipo 2. De acordo com uma pesquisa feita pelo Portal Minha Vida, divulgada com exclusividade por EXAME.com, a incidência desta doença em pessoas obesas é três vezes maior do que em não obesas.
O estudo foi feito com mais de seis mil pessoas maiores de 18 anos e de ambos os sexos, com o objetivo de investigar o que contribui para a grande quantidade de indivíduos acima do peso ideal. No levantamento, 8,6% dos entrevistados se consideram obesos, contra 91,4% não se consideram. O número é menor do que dados coletados pelo Ministério da Saúde entre 2006 e 2011, que mostraram que 15,8% da população do país sofrem de obesidade e 48,5% estão além do peso recomendado.
Apesar diferença, o valor não deixa de ser preocupante. Entre aqueles ditos obesos, 33% são sedentários e 28,1% praticam exercícios três vezes por semana. Entre os magros, 45,9% fazem atividades físicas regularmente. No que diz respeito à alimentação, 54% dos gordinhos dizem cuidar do que comem, enquanto 70,3% dos magros afirmam fazer isso. Devido aos maus hábitos, 27% revelaram ter colesterol alto e 15% têm triglicérides acima do normal.
O sistema circulatório também é prejudicado pelo excesso de quilos, já que 21,5% dos obesos apresentam má circulação, 37,2% têm hipertensão, 4% têm problemas cardíacos, 30,3% possuem dificuldades pela retenção de líquidos. Enquanto 27% dos não obesos têm dores na coluna, 40% dos que são assim reclamam disso, além de 7,5% que dizem ter hérnia de disco, 13,9% têm artrite e artrose, e 3,6% estão com osteoporose.
O quadro de diabetes tipo 2 também é agravado pela gordura, que mostra que 3,8% dos obesos apresentam diabetes tipo 1 e 9,7% apresentam diabetes tipo 2, o triplo do valor (2,7%) de portadores da doença que não estão na faixa de obesidade. A impotência sexual também afeta mais os que têm excesso de peso, que assumiram ter 2,5 vezes mais problemas do que os mais magros.
De acordo com os dados da pesquisa, os fatores psicológicos também desempenham um papel importante nesse jogo. Entre os obesos, 63,3% estão com quadro de ansiedade, 33% de estresse e 20,3% de depressão. Já entre os não obesos, apenas 9,2% disseram estar deprimidos, o que mostra que todo esse quadro não está ligado apenas à alimentação.