Princesinha do papai: não se sentindo representada pelos contos da Disney, Morgan Taylor escreve seu próprio livro junto de seu pai (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2016 às 20h38.
Quantas histórias de princesas negras você conhece? Provavelmente muito menos do que aqueles que seguem o estereótipo da Cinderela, por exemplo.
Agora, imagine o que significa para uma menina de apenas 7 anos não se identificar com as suas personagens preferidas...
Isso aconteceu com Morgan Taylor. Acostumada a ouvir a típica frase "princesinha do papai", a garota disse ao seu pai, Todd Taylor, que ele não poderia a chamar assim, de acordo com o Today.
"Eu adoro que você me chame de princesa, mas eu não sou uma de verdade. Princesas tem cor de baunilha. Eu não posso ser uma."
Taylor ficou atordoado. Ele apresentou à filha o filme A Princesa e o Sapo, que conta a história da Princesa Tiana, para assim ela entender que meninas negras podem ser princesas também.
Mas Morgan questionou algo que Taylor nunca havia pensado: "Na maior parte do filme a princesa Tiana é um sapo. O filme tenta me encorajar a ser uma princesa, mas na verdade ele me diz que eu sou um sapo."
Essa foi a gota d'água para ele entender que algo precisava ser feito. Foi ai que surgiu a ideia de, porque não, criarem juntos sua própria princesa, livre de estereótipos e padrões de beleza.
Juntos, pai e filha publicaram o livro A Princesinha do Papai.
Eles fizeram uma vasta pesquisa sobre a cultura e as princesas africanas. A narrativa conta a história de Morgan, uma princesa que acha que não poder ser quem ela é.
Segundo o pai, no instante em que começaram a escrever as ideias fluíram com muita naturalidade e a garota adorou aprender sobre outras princesas.
"Eu acho que é importante que os pais tenham consciência de como é importante que tenhamos uma imagem diversificada de princesas de todas as raças. É triste que qualquer criança ache que não pode ser uma princesa por causa da cor de sua pele," disse Taylor ao Today.
Já para Morgan, a mensagem que ela quer passar é bem simples:
"Eu quero que você saiba que todo mundo pode ter uma coroa, e eu quero que você não duvide disso!"