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Médico condenado pela morte de Michael Jackson deixa prisão

Medida foi tomada como parte de um plano do Estado da Califórnia para reduzir a superlotação das prisões


	Conrad Murray: julgamento de seis semanas de Murray chamou a atenção mundial depois que Jackson, em preparação para uma série de concertos em Londres, morreu inesperadamente em 2009
 (Al Seib/AFP)

Conrad Murray: julgamento de seis semanas de Murray chamou a atenção mundial depois que Jackson, em preparação para uma série de concertos em Londres, morreu inesperadamente em 2009 (Al Seib/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2013 às 07h56.

Los Angeles - Conrad Murray, o médico pessoal de Michael Jackson que foi condenado por homicídio culposo por administrar uma dose letal de anestésico ao cantor, foi solto de uma prisão de Los Angeles nesta segunda-feira depois de cumprir metade da pena de quatro anos.

Murray foi libertado diante de seus representantes, disse o porta-voz da polícia de Los Angeles Steve Whitmore logo após Murray deixar a cadeia local. A medida foi tomada como parte de um plano do Estado da Califórnia para reduzir a superlotação das prisões.

O julgamento de seis semanas de Murray chamou a atenção mundial depois que Jackson, em preparação para uma série de concertos em Londres, morreu inesperadamente em 2009, aos 50 anos.

Repórteres esperaram do lado de fora da prisão em que estava Murray, mas ele saiu por uma saída alternativa, longe da vista do público. Alguns fãs de Jackson também estavam presentes, um dos quais tocava músicas do álbum de 1982 "Thriller", disco mais vendido de todos os tempos com mais de 50 milhões de cópias vendidas.

A morte de Jackson provocou manifestações de apoio ao "Rei do Pop", depois de anos de má publicidade decorrente de seu comportamento cada vez mais estranho e um julgamento por abuso sexual infantil em que ele foi absolvido. Hoje, ele é a celebridade morta de maior rendimento no mundo, segundo a Forbes.

Os promotores argumentaram com sucesso que Murray, contratado pela promotora de shows AEG Live como clínico geral de Jackson, foi negligente na administração de propofol, medicamento usado para ajudar o cantor a dormir.

Murray, de 60 anos, foi condenado em 2011 por homicídio culposo --ou morte não intencional-- e recebeu a pena máxima de quatro anos.

A defesa de Murray alegou que Jackson tinha injetado sozinho o poderoso anestésico. Um tribunal de apelações da Califórnia ainda tem de ouvir os argumentos orais na tentativa de Murray para derrubar sua condenação.


"Ele está preparado para continuar lutando enquanto for preciso", disse a advogado de Murray, Valerie Wass, antes da libertação de seu cliente.

A AEG Live foi absolvida no início deste mês, em uma ação civil movida pelos filhos e a mãe de Jackson acusando a empresa de negligência na contratação do cardiologista. O júri, nesse caso, considerou que Murray agiu além do papel para o qual foi contratado.

Wass disse que o médico quer praticar a medicina novamente após deixar prisão.

A licença de Murray para a prática foi suspensa na Califórnia, Nevada e Texas, Estados onde ele trabalhava antes da morte de Jackson. Sua licença no Havaí venceu em 2010.

Murray manteve o nome nas manchetes durante o tempo na prisão, divulgando mensagens às vezes incoerentes para a mídia e concedendo entrevistas por telefone ao vivo para programas de TV dos EUA.

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