Matt LeBlanc: ator ganhou um novo sopro de vida na TVcomo o rude e irresponsável personagem Matt LeBlanc no seriado "Episodes" (Lucy Nicholson/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 18h08.
Beverly Hills - Depois de conquistar o público e se tornar um nome familiar, como um dos seis principais personagens da série "Friends", da NBC, o ator Matt LeBlanc encontrou um modo não convencional de abrir um novo capítulo em sua carreira, interpretando uma versão desagradável de si mesmo.
LeBlanc, 46 anos, dos quais dez interpretando o estúpido, mas amável Joey Tribbiani em "Friends", ganhou um novo sopro de vida na TV como o rude e irresponsável personagem Matt LeBlanc no seriado "Episodes", do Showtime, um papel que já lhe valeu um Globo de Ouro.
"Episodes", agora em sua terceira temporada, tem nova première no domingo, e terá mais uma vez seus principais personagens enfrentando as personalidades disfuncionais que administram os complexos e confusos bastidores da indústria televisiva em Hollywood, tentando produzir um programa de sucesso.
Um jovial LeBlanc falou com a Reuters no escritório de seu assessor de imprensa, em Beverly Hills, sobre a vida depois de "Friends" e as linhas turvas entre realidade e ficção em "Episodes".
- Do que você mais gosta ao interpretar uma versão de si mesmo em "Episodes"?
Matt LeBlanc - É realmente bastante engraçado interpretar basicamente a percepção do público sobre a celebridade. Então, não se trata precisamente de mim, de modo algum. Algumas vezes está certo na questão do dinheiro, e algumas vezes seu jeito fora da realidade.
Eu de fato me mantenho firme para que não diferenciem quem é quem, porque um monte de gente me pergunta o quanto eu sou parecido com Matt LeBlanc no programa, e eu acho que, para mim, isso é importante. Meu trabalho é fazer vocês, o público, acreditarem que eu sou Joey Tribbiani ou eu sou Matt LeBlanc, essa é a tarefa do ator, ter uma interpretação de um personagem que não permita ver essa passagem.
- Existe alguma linha vermelha da sua vida, onde você não queria entrar?
Matt LeBlanc - Sim. No que se refere à minha família, sou divorciado e tenho uma filha e dois enteados. No programa, sou divorciado e tenho dois filhos. E isso foi suficiente para não ter minha vida espelhada demais nesse campo.
Afora isso, o que está definido para todos nós, sempre, é que eu não me importo de ser motivo de piada, se for uma grande piada. Se valer a pena, estou dentro. Se for apenas uma coisa banal, então, não.
- Você buscou inspiração em alguma celebridade real em Hollywood para o personagem Matt LeBlanc em "Episodes"?
Matt LeBlanc - Sim, há provavelmente ali uma pitada de Charlie Sheen, se você estiver pensando em alguns dos mais bizarros comportamentos de que ouviu falar.
O que fizemos com Matt foi ir um pouco além. Eu me lembro de ter visto na primeira página da seção de Calendário do Los Angeles Times dominical, na época de "Friends", o meu salário divulgado, e o quanto nós estávamos ganhando. E minha reação foi algo como "Uau, que embaraçoso, vejam esse número". Há uma gama de emoções. As pessoas sabem o quanto você ganha, é estranho, certas coisas não são da conta de ninguém.
Então, quando estávamos definindo as linhas gerais de quem seria esse cara Matt para "Episodes" eu disse: "Que tal se todo mundo dar como certo que eu sou rico? Vamos me colocar no programa de um jeito mais rico do que eu sou, e eu acho que será divertido ter esse cara numa situação em que o dinheiro não está em questão".
Ele pode ser tão generoso quanto quiser ou tão frívolo quanto quiser, apenas ficar maluco com esse aspecto porque é isso o que as pessoas pensam quando elas pensam nos seis de nós de "Friends", por causa do dinheiro que era noticiado. E, a propósito, o valor noticiado era baixo (risos). É um pouquinho mais. Na verdade, bem mais.
- Nós ainda vemos muita camaradagem entre o elenco de "Friends". Você vai se unir a algum deles no futuro de Episodes?
Matt LeBlanc - Não sei. Seria sempre ótimo trabalhar com eles. Para eles, seria como um tipo diferente de convidado especial porque eles teriam de interpretar a si mesmos, uma versão de si mesmos com a qual se sentissem confortáveis.