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Marchinha de carnaval passa ser patrimônio imaterial do Rio

Pela relevância do gênero nascido no Rio de Janeiro e pelo legado musical, a marchinha de carnaval é considerada Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial


	Bloco de Carnaval de rua no Rio de Janeiro: a cidade tem 56 bens imateriais reconhecidos
 (REUTERS/Pilar Olivares)

Bloco de Carnaval de rua no Rio de Janeiro: a cidade tem 56 bens imateriais reconhecidos (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 17h38.

Pela relevância do gênero musical nascido na cidade do Rio de Janeiro que se popularizou em todo o país e por causa do legado musical dos artistas que contribuíram para a construção da identidade carioca e nacional, a partir de hoje (6) a marchinha de carnaval é considerada Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.

O decreto da prefeitura com a declaração foi publicado na edição desta sexta-feira do Diário Oficial do Município. O texto cita também a necessidade de “preservar a memória da cultura carioca por meio do registro de seus bens de natureza imaterial.”

O presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), Washington Fajardo, disse que a declaração é um reconhecimento formal, importante para fortalecer a identidade cultural da sociedade, já que o gênero musical, segundo ele, é o mais característico do carnaval carioca e é cantado em qualquer lugar do país.

“A marchinha já é um gênero popularmente consagrado. Esse reconhecimento é importante para reforçar a visibilidade desse bem cultural, para simbolicamente reconhecê-lo, para objetivamente, a partir do reconhecimento, é possível você ter linhas de pesquisa ou de projetos culturais que têm nesse reconhecimento como patrimônio um apoio, é um reforço de valor simbólico”, ressaltou.

De acordo com ele, na prática o decreto ajuda a difusão de editais para projetos culturais e pesquisas sobre acervos, “tem um impacto nessa vida de investigação intelectual sobre isso”. Fajardo lembra que a marchinha é uma expressão viva, com concursos ainda acontecendo todos os anos e faz parte do patrimônio imaterial chamado por ele de “invenções da civilização carioca”.

“Ou seja, nós criamos uma forma de expressão, um modo de ser, um modo de agir, práticas na vida urbana. É importante frisar isso, porque outras formas de expressão, o jongo, o samba, que tem vinculação com o rancho, estão em um contexto periurbano, urbano mas em relação com uma vida rural. A marchinha é um gênero do século 20, do Rio de Janeiro urbano, metrópole, isso é a peculiaridade dela”.

A cidade do Rio de Janeiro tem 56 bens imateriais reconhecidos pelo município, entre eles o samba, as escolas de samba, o choro, o jongo, a bossa nova, os blocos Cordão da Bola Preta e Cacique de Ramos, a obra literária de Machado de Assis, o Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, os vendedores de mate e biscoitos de polvilho das praias cariocas e as festas de Iemanjá.

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