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Maná e Lenny Kravitz abrem Rock in Rio Madri

Esta é a terceira edição na Espanha do festival criado no Brasil

Lenny Kravitz em apresentação no Rock in Rio Madri, em 30 de junho de 2012 (Carlos Alvarez/Getty Images)

Lenny Kravitz em apresentação no Rock in Rio Madri, em 30 de junho de 2012 (Carlos Alvarez/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2012 às 09h44.

Arganda del Rey (Madri) - Apesar da inesperada redução de temperatura na noite deste sábado em Madri, o grupo Maná conseguiu cativar as 42 mil pessoas que - segundo a organização - assistiram a seu show na abertura da terceira edição do Rock in Rio na Espanha, após a também atuação quente de Lenny Kravitz.

'Não podíamos pedir nada melhor do que o Rock in Rio Madri', disseram os mexicanos antes de seu espetáculo de duas horas de duração, cientes de sua histórica preferência na capital espanhola, onde já tinham esgotado as entradas de seu último show há quase nove meses, e após sua bem-sucedida passagem pela última edição brasileira do 'maior festival do mundo'.

Neste sábado, como no mês passado de setembro, Fher Olvera e seus companheiros deram um espetáculo contundente com cortes de seu recente disco 'Drama e Luz' (2011) e grandes sucessos como 'Manda una señal', 'Clavado en un bar' e 'Oye mi amor'.

Também não faltaram clássicos como 'Vivir sin aire', 'En el muelle de San Blas' e 'Rayando el sol', que não se cansam de interpretar nunca, asseguraram, e que os levaram a se transformar na banda latina mais bem-sucedida do momento.

Uma das maiores surpresas do show foi vivida por uma das fãs do grupo, que pôde subir ao palco e inclusive cantar junto com eles. A outra foi desfrutada pelo resto do público: um castelo de fogos de artifício, como a cereja do bolo do show.


A atuação do Maná era um dos grandes nomes anunciados pelo Rock in Rio, mas não o único. Antes deles, o rock de Lenny Kravitz dava pleno sentido ao nome do evento com uma vigorosa exibição musical na qual mostrou músculo, literal e metaforicamente, graças as suas poderosas guitarras.

Kravitz não mostrou somente seus bíceps, mas também atitude roqueira. Ele é um dos poucos artistas que pode subir a um palco fantasiado com óculos de sol em plena noite e não parecer forçado.

Em 'American Woman' e 'Fly Away' deu rédea solta a sua veia mais raivosa, enquanto em canções como 'White and Black America', de seu último disco de mesmo título, abriu passagem aos matizes, com fotos familiares projetadas de fundo.

'Obrigado por virem para nos dar um propósito, o de utilizar a música para propagar o amor', disse o músico em uma de suas intervenções, que fechou seu espetáculo com 'Are You Gonna Go My Way' e 'LeT Love Rule'.

O primeiro dia da terceira edição do Rock in Rio Madri começou em qualquer caso muito antes, passadas as três da tarde, com a tradicional abertura de portas e a chegada das primeiras centenas de visitantes, ávidos por uma posição privilegiada para desfrutar de shows com forte sabor espanhol.

O primeiro a aparecer foi o músico madrileno David Otero, que apresentou seu primeiro disco solo, uma ou outra canção de sua etapa no grupo Canto del Loco e até uma música inédita.

O artista espanhol foi seguido no palco principal por duas das bandas nacionais de pop-rock com maior projeção dos últimos tempos, Maldita Nerea e La Oreja de Van Gogh.

O catalão Dani Carbonell, conhecido como Macaco, subiu depois ao palco para delírio do público, que se divertiu com seu cálido reggae mediterrâneo.

A sessão eletrônica do DJ Luciano pôs fim a um dia no qual não faltaram elementos típicos deste grande parque temático que é o Rock in Rio: atrações, karaokês, concursos de dança urbana e, inclusive, esteticistas.

Tudo é válido neste evento apto para todo tipo de público no qual, como reconhecem seus responsáveis, a música não é mais do que a desculpa.

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