Disney+: só o streaming terá produções da Marvel e Pixar no catálogo. (Disney/Reprodução)
Matheus Doliveira
Publicado em 3 de novembro de 2020 às 12h25.
Última atualização em 3 de novembro de 2020 às 13h18.
A batalha dos streamings ganhará um novo concorrente de peso nos próximos dias. É o Disney+, que embora vá desembarcar no Brasil só no próximo dia 17 de novembro, começou nesta terça-feira 3 a pré-venda de um pacote de assinatura anual.
A pré-venda ficará disponível até a véspera da estreia oficial do serviço de streaming no Brasil, dia 16.
O pacote anual Disney+ custa 237,90 reais (19,82 reais por mês). O preço, que só vale na pré-venda, é mais barato que a assinatura mais barata da Netflix, que custa 21,90 reais por mês (262,80 reais por ano).
Segundo a Disney, os assinantes poderão aproveitar o conteúdo em até 4 dispositivos simultaneamente, poderão fazer downloads ilimitados em até 10 dispositivos, recomendações personalizadas e a capacidade de configurar 7 perfis diferentes, incluindo a opção para os pais criarem perfis para seus filhos e filhas com uma interface fácil de usar, projetada especificamente para meninos e meninas acessarem conteúdo apropriado para suas idades.
Depois da estreia do dia 17, o preço da assinatura será de 27,90 reais por mês (279,90 por ano). Com isso, o Disney+ será mais caro que o da Netflix, mas mais barato que o da HBO Go, por exemplo.
Se os números da Disney+ nos Estados Unidos refletirem no Brasil, o novo streaming pode ocupar a vice-liderança no país, ficando apenas atrás do império Netflix. Já operando nos Estados Unidos e na Europa, a Disney+ conta com mais de 60 milhões de assinantes em todo o mundo – um número nada modesto para um produto lançado a menos de um ano e que a principal rival, a Netflix, demorou mais de sete anos para conquistar.
Com uma estratégia agressiva de retirar o conteúdo próprio — e da Marvel, Pixar, Star Wars e National Geographic — de todas as outras plataformas de streaming, a Disney tem um ponto de partida mais favorável que as outras concorrentes justamente por já ter um catálogo robusto e amplamente conhecido.
Novos lançamentos de cinema também já estão planejados para a plataforma — o inédito Mulan, por exemplo, estreia diretamente na plataforma aqui em 4 de dezembro.
Para 2020, a estimativa é que a pandemia acelere o crescimento da base de novos assinantes de serviços de streaming no mundo. A consultoria Strategy Analytics prevê um total de 949 milhões de assinantes até o fim do ano, 5% mais do que a estimativa calculada antes do novo coronavírus. Em 2019, eram 805 milhões. Com isso o faturamento do mercado, que alcançou 24 bilhões de dólares no ano passado, também tende a acelerar.