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Mafalda volta à vida por um instante em homenagem a Quino

Popular personagem argentina dos quadrinhos completa 50 anos de sua primeira publicação


	Quino com estátua de sua personagem Mafalda
 (Getty Images)

Quino com estátua de sua personagem Mafalda (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 22h46.

Buenos Aires - Mafalda, a popular personagem argentina dos quadrinhos que completa 50 anos de sua primeira publicação, voltou à vida nesta terça-feira, pelo menos por um instante, em uma homenagem a seu criador, Joaquín Salvador Lavado, o Quino, em Buenos Aires.

A sede do Ministério da Educação argentino ficou lotada para receber um evento de homenagem a Quino no aniversário de meio século de Mafalda, a história em quadrinhos publicada pelo cartunista argentino entre 1964 e 1973 e que deu a volta ao mundo com seu olhar crítico da sociedade.

Assim que Joaquín Lavado pisou no salão onde foi realizado o evento, as quase 200 pessoas que o esperavam o se levantaram para aplaudi-lo enquanto o mesmo percorria seu caminho até o palco, onde, durante uma hora, foi feita a homenagem ao trabalho do cartunista oriundo de Mendoza, no oeste do país.

O encarregado da abertura do evento foi o narrador Claudio Ferraro, que interpretou um diálogo com Mafalda, materializada em uma pequena estátua, no qual relembrou aos presentes algumas reflexões memoráveis da menina sobre sua escola, seus pais e o mundo.

Durante o evento, acompanharam e dedicaram algumas palavras a Quino o ministro da Educação argentino Alberto Sileoni, o secretário de Educação Jaime Percyk, o editor Daniel Divinsky, que trabalhou com o artista desde 1970, e o escritor Juan Sasturain, amigo do homenageado.

'Mafalda é uma obra prima datada, é uma enciclopédia', afirmou Sasturain sentado ao lado de Quino, que não conseguiu segurar suas lágrimas ao ouvir seu colega e ao ver um vídeo com fragmentos da história de sua famosa personagem, que o artista resiste em voltar a desenhar depois de quase 40 anos de sua última publicação.

Quino revelou, junto com o ministro da Educação, uma maquete do mural que será dedicado a Mafalda no edifício do Ministério da Educação do país.

Em um salão dedicado somente a obras artísticas, uma gigante Mafalda lendo um livro dividirá o espaço com outros dois murais, um de Eva Perón e outro de docentes desaparecidos durante a última ditadura argentina (1976-1983).

O secretário de Educação apresentou também 'Mafalda para armar', uma coleção de dez livros da personagem que serão distribuídos em escolas públicas e institutos de formação docente de toda a Argentina.

Também foi apresentada a Declaração Universal dos Direitos da Criança traduzida para o espanhol, e em sete línguas originárias de diferentes regiões do país, ilustrada pelo cartunista argentino.

O final do evento ficou nas mãos do homenageado, que ressaltou que deu tudo de si para seu trabalho e agradeceu à escola pública, tão criticada por sua formalidade na voz de sua menina predileta, mas tão querida ao mesmo tempo por ele próprio.

O encerramento de Joaquín 'Quino' Lavado foi o momento mais esperado e, com frases simples e concisas, fiel a seu estilo, fez todos ficarem de pé e comovidos com suas palavras.

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