Château du Galoupet, situado na Provence, na França (Château du Galoupet/Divulgação)
Guilherme Dearo
Publicado em 15 de agosto de 2019 às 07h00.
Última atualização em 15 de agosto de 2019 às 07h00.
Não se sabe se Bernard Arnault brindou sua promoção, em julho, ao posto de segundo homem mais rico do mundo. Com uma fortuna de US$ 103,3 bilhões, o francês desbancou Bill Gates, hoje US$ 200 milhões “mais pobre” que ele. E ficou mais perto de Jeff Bezos, dono de US$ 162,3 bilhões.
Desnecessário dizer que para alguém como Arnault o céu é o limite quando é preciso escolher o que servir na hora do brinde. Até porque muitas das bebidas mais incensadas do mundo são dele.
Arnault é CEO e maior acionista da LVMH, conglomerado do luxo que, além de das grifes Louis Vuitton, Bulgari e Tag Heuer, entre muitas e muitas outras, dispõe de um vasto portfólio etílico. Moët & Chandon, Krug, Veuve Clicquot, Hennessy, Dom Pérignon, Chandon e Belvedere são as marcas mais conhecidas globalmente. Mas o portfólio todo é composto por 26 operações, que geraram € 5,1 bilhões em vendas no ano passado.
O novato do grupo é o Château du Galoupet, situado na Provence, na França. Anunciada em maio, sua compra foi concluída em julho. Como manda a denominação de origem Côtes-de-Provence, a vinícola produz vinhos cru classé desde 1955.
Ela se espalha por 157 hectares, 68 deles tomados por vinhedos, e produz principalmente roses, que correspondem a 90% da produção, além de brancos e tintos. A aquisição saciou a vontade da LVMH de dominar o mercado global de bebidas de luxo? Ninguém acredita que sim.