Divisão de luxo da Toyota, a Lexus completa 35 anos em 2024. (Divulgação/Divulgação)
Repórter de automobilismo
Publicado em 10 de agosto de 2024 às 07h58.
Embora venda modelos híbridos por aqui desde 2013 – quando a eletrificação veicular engatinhava no Brasil e no mundo –, só agora a Lexus tem um híbrido do tipo plug-in para oferecer no mercado nacional. A diferença no RX 450h+ está no tamanho da bateria e na possibilidade de carregá-la na tomada, aumentando a experiência de condução elétrica em relação aos híbridos plenos, de baterias menores e auto carregáveis.
E também no preço, o mais alto na gama Lexus: R$ 609.990, ante R$ 580.990 do RX 500h F-Sport, híbrido não carregável.
Nesta quinta geração, o RX combina um motor 2.5 aspirado de quatro cilindros, dois motores elétricos (um em cada eixo) e uma bateria de íons de lítio de 18,1 kWh. São 308 cv de potência, 27 kgfm de torque e 56 quilômetros de autonomia puramente elétrica.
Aceleração até os 100 km/h em 6,5 segundos, enquanto dados do Inmetro indicam consumo de 13,9 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada. Em termos de desempenho, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos.
De porte grande, o Lexus RX 450h+ tem 4,89 metros de comprimento, 1,92 m de largura, 1,69 m de altura e 2,85 m de entre-eixos. O que o posiciona entre o XC60 e o XC90, da Volvo. Ou entre os Audi Q5 e Q7, por exemplo.
Na lista de equipamentos se destacam itens como teto solar panorâmico, tela multimídia de 14 polegadas, sistema de som da Mark Levinson, com 20 alto falantes e um subwoofer, sete airbags e um recurso raríssimo: não apenas os bancos dianteiros com regulagem elétrica, aquecimento e resfriamento, mas também os traseiros.
Tudo começou em 1983, quando Eiji Toyoda (primo de Kiichiro Toyoda, fundador da Toyota Motor Company) convocou uma reunião secreta com a cúpula da empresa para traçar o plano de construir um sedã grande e luxuoso.
O desenvolvimento do LS 400, primeiro modelo da marca, sugou US$ 1 bilhão dos cofres da Toyota. Cerca de 450 carros de teste rodaram aproximadamente 4,3 milhões de quilômetros. Para ter as formas finais delineadas, a maioria dos Toyota tem cinco ou seis modelos de argila em escala real construídos. O LS 400 precisou de 14. Testes em túnel de vento foram mais de 50. Provas de segurança obrigaram a colisão de 100 protótipos.
O nome veio somente em 1987, pois até então aquele seria apenas um Toyota muito requintado. Uma companhia de consultoria de imagem surgiu com 219 nomes. "Alexis" era um deles, que logo perdeu o "A", para em seguida ter o "i" trocado pelo "u", que combinava mais com "luxury", luxo em inglês.
"O LS 400 é o automóvel mais luxuoso e tecnologicamente avançado que a Toyota já produziu e é o primeiro projetado para competir diretamente com nomes europeus como BMW e Mercedes", comunicava a empresa. Para provar seu argumento, realizou o lançamento global do modelo justamente na Alemanha, justamente na casa dos inimigos.
No Brasil a Lexus desembarcou oficialmente em 2012, com quatro modelos: os sedãs LS460, IS300 e ES350 e o RX350, naquele momento na terceira geração. O primeiro híbrido, o hatch CT 200h, estreou no ano seguinte.