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Lewis Hamilton: 'We Race as One foi tudo de bom, mas foram apenas palavras'

Após relatos de abusos, racismo e homofobia no GP da Áustria, Hamilton critica campanha da F1

Lewis Hamilton durante treino da Fórmula 1. (Hamad I Mohammed/Reuters)

Lewis Hamilton durante treino da Fórmula 1. (Hamad I Mohammed/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 11 de julho de 2022 às 09h01.

Após os relatos de casos de assédio sexual, racismo e homofobia no fim de semana do Grande Prêmio da Áustria, vencido por Charles Leclerc, da Ferrari, o heptacampeão Lewis Hamilton, da Mercedes, afirmou que a Fórmula 1 ainda não faz o suficiente para a mudança de comportamento dentro da categoria e entre os fãs.

"É hora de ação. "We Race as One" foi tudo de bom, mas foram apenas palavras. Na verdade, não fez nada. Não havia financiamento para nada, não havia programa para realmente criar mudanças e desencadear essa conversa. Definitivamente (precisamos) utilizar nossas plataformas. Mas nós realmente temos que intensificar e realmente começar a colocar em ação algumas das coisas que estamos dizendo. Apenas dizer (palavras), não é suficiente. É inaceitável. Não é o suficiente", disse o piloto após a corrida em que terminou em terceiro lugar.

Hamilton se refere à campanha "We Race as One" (Corremos como um, em tradução livre), lançada pela organização em 2020, que se tornou oficialmente a plataforma Social, de Meio Ambiente e Governança Corporativa da categoria.

Para o piloto, há a necessidade de quem está no automobilismo “comprometer-se mais com a diversidade e a inclusão”.

"Isso reflete a direção em que estamos indo e também reflete como é nossa base de fãs", disse Hamilton.

Hamilton já havia destacado a necessidade de mais ações concretas da F1 na semana passada, após os comentários racistas do tricampeão mundial Nelson Piquet direcionados a ele.

Para melhorar a diversidade e a inclusão na categoria, Hamilton comprometeu mais de 20 milhões de libras em seu projeto Mission 44, além de criar, junto com a Mercedes, a instituição Ignite para fomentar a introdução de grupos sub-representados na indústria automobilística.

Após os casos na Áustria, a F1 emitiu um comunicado condenando o comportamento “inaceitável” e entrou em ação instalando uma equipe de segurança adicional nas áreas de fãs, além de marcar uma reunião com os promotores do GP sobre os incidentes.

Outros pilotos também se manifestaram. O atual campeão mundial Max Verstappen disse que os relatos são “chocantes”, enquanto Sebastian Vettel, da Aston Martin, pediu à F1 que os indivíduos responsáveis pelos abusos sejam banidos para sempre das corridas.

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