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Leonardo DiCaprio pode ganhar seu 1º Oscar de melhor ator

Este é um dos prêmios mais previsíveis da cerimônia, apesar das ótimas atuações de Bryan Cranston, Matt Damon, Eddie Redmayne e Michael Fassbender


	Leonardo DiCaprio: esta é sua sexta indicação e a quinta como ator
 (Toby Melville / Reuters)

Leonardo DiCaprio: esta é sua sexta indicação e a quinta como ator (Toby Melville / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 14h54.

Los Angeles - Se o Globo de Ouro, o Sindicato de Atores dos EUA (SAG), o Bafta e diversas associações de críticos americanos não se equivocarem, Leonardo DiCaprio ganhará seu primeiro Oscar de melhor ator neste domingo pelo filme "O Regresso".

Este é um dos prêmios mais previsíveis da cerimônia, apesar das ótimas atuações de Bryan Cranston ("Trumbo: Lista Negra"), Matt Damon ("Perdido em Marte"), Eddie Redmayne ("A Garota Dinamarquesa") e Michael Fassbender ("Steve Jobs").

Leonardo DiCaprio - Chegou a hora?

Hugh Glass ficará muito provavelmente na história por ser o personagem que, finalmente, fará Leonardo DiCaprio, de 41 anos e um dos atores mais queridos e respeitados da indústria, ser agraciado com um Oscar.

Esta é sua sexta indicação e a quinta como ator (a outra foi como produtor de "O Lobo de Wall Street"), depois de "Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador" (1993), "O Aviador" (2004), "Diamante de Sangue" (2006) e "O Lobo de Wall Street" (2013).

"Não vou esconder que foi a filmagem mais difícil da minha vida, mas no final teve sua recompensa porque Alejandro González Iñárritu traduziu esse esforço em uma obra de arte", disse DiCaprio em entrevista à Agência Efe.

O filme exigiu um ano de gravações nas montanhas rochosas canadenses e na Patagônia argentina que em algumas ocasiões se transformaram, segundo participantes da produção, em um autêntico "inferno" devido às difíceis condições climatológicas, o que provocou até algumas demissões.

Bryan Cranston - O passo à frente de um astro forjado na televisão

Para Bryan Cranston, nunca faltou trabalho. O ator conta em seu currículo com cerca de 150 trabalhos entre cinema, teatro e televisão, mas somente com a estreia de "Breaking Bad" a indústria parece ter descoberto seu talento camaleônico que previamente tinha se conectado com o público graças ao papel de pai de família em "Malcom in the Middle".

Cranston recebeu sua primeira indicação ao Oscar, um reconhecimento por sua transformação no escritor e roteirista Dalton Trumbo.

É possivelmente sua primeira grande interpretação no cinema após papéis em filmes como "Pequena Miss Sunshine", "O Poder e a Lei", "Drive" e "Godzilla".

O protagonista de "Breaking Bad", que recebeu o prêmio de melhor ator no festival de cinema internacional de Palm Springs e da Associação de Críticos do sudeste de EUA, tem oito projetos em pauta, entre eles "All The Way", do canal "HBO", no qual encarna o ex-presidente Lyndon B. Johnson, e "The Infiltrator", uma nova trama sobre o narcotraficante Pablo Escobar.

Matt Damon - A face do otimismo na tragédia

"Sempre quis fazer Robinson Crusoé, e esta era minha oportunidade", afirmou Damon em entrevista à Agência Efe. Seu papel do astronauta Mark Watney no filme "Perdido em Marte", de Ridley Scott, trouxe ao ator sua quarta indicação ao Oscar.

As anteriores foram por "Invictus" (melhor ator) e "Gênio Indomável", com o qual obteve a estatueta de melhor roteiro original em parceria com Ben Affleck, além de ter concorrido como melhor ator.

Damon rodou "Perdido em Marte" imediatamente após terminar sua participação em "Interestelar", de Christopher Nolan, onde também dava vida a um astronauta isolado em um planeta inabitável.

Ambos os filmes foram enormes sucessos de bilheteria, superando amplamente os US$ 600 milhões no mundo todo.

Ganhador de um Globo de Ouro de melhor ator de comédia ou musical por "Perdido em Marte", Damon estreará neste ano "Jason Bourne", novo filme da saga do personagem-título, e estará em "Suburbicon", novo projeto como diretor de seu amigo George Clooney.

Eddie Redmayne - Por um improvável segundo Oscar consecutivo

O britânico soma sua segunda indicação consecutiva após conquistar o Oscar no ano passado por "A Teoria de Tudo".

Se ganhar a estatueta dourada de novo, fará parte do seleto grupo de atores que conquistaram dois prêmios seguidos nessa categoria, algo só conseguido por Spencer Tracy ("Captains Courageous", 1937, e "Boys Town", 1938) e Tom Hanks ("Philadelphia", 1993, e "Forrest Gump", 1994).

"O Oscar é coisa de um dia, mas requer toda uma vida para chegar até ele. É um vendaval de emoções. Tento estar aberto a tudo o que me ocorre e, sobretudo, aproveitar", comentou o ator em recente entrevista coletiva durante o tradicional almoço de indicados organizado pela Academia.

Redmayne verá sua merecida fama se multiplicar neste ano com a estreia de "Animais Fantásticos e Onde Habitam", um filme derivado do universo "Harry Potter" no qual interpretará Newt Scamander, um viajante especialista no estudo de criaturas mágicas.

Michael Fassbender - Reconhecimento a um trabalho monumental

Em sua segunda indicação ao Oscar após a obtida por "12 Anos de Escravidão", Fassbender propõe um Jobs feroz, com personalidade atrativa, sedutora e perigosa, graças a um descomunal roteiro, obra de Aaron Sorkin.

Das 185 páginas do roteiro, Fassbender recita 100. Essa foi a difícil tarefa do ator para moldar um personagem repleto de camadas e contradições e que quase foi destinado a Leonardo DiCaprio e Christian Bale.

Fassbender, um dos atores mais requisitados de Hollywood, tem em pauta sete projetos, entre eles "X-Men: Apocalipse", "Assassin's Creed" e "The Light Between Oceans", onde compartilha cenas com sua atual parceira, Alicia Vikander e também estará na sequência de "Prometheus", chamada "Alien: Covenant", e em "The Snowman", adaptação do grande sucesso de vendas do norueguês Jo Nesbo. 

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