Trecho do filme Machete, de Robert Rodriguez: personagem interpretado por Danny Trejo é mexicano (Reprodução/Cartaz)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2014 às 21h51.
Los Angeles - Os latinos são a minoria mais subrepresentada nos filmes da indústria cinematográfica norte-americana, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira, que mostrou que Hollywood não aumentou significativamente a quantidade de personagens pertencentes a esses grupos nas telonas.
Cerca de três quartos dos personagens no cinema no ano passado eram brancos, proporção que estava em linha com os totais anuais nos cinco anos anteriores, de acordo com estudo elaborado pela Escola Annenberg de Comunicação e Jornalismo da University of Southern California.
Mas na sua avaliação de 3.932 personagens de 100 filmes do ano passado, os pesquisadores descobriram que 5 por cento eram hispânicos, em comparação a 17,1 por cento que esse grupo representava na população dos Estados Unidos em 2013, de acordo com dados oficiais.
"Hispânicos e latinos são um dos grupos de mais rápido crescimento nos Estados Unidos", disse em um comunicado um dos autores do estudo, Marc Choueiti.
"Se os filmes populares fossem a única maneira de medir a diversidade, o público ignoraria isso. Os indivíduos deste grupo são quase invisíveis na tela", acrescentou Choueiti.
Além disso, o estudo concluiu que os homens e mulheres hispanos são o grupo mais sexualizado em Hollywood. Um total de 37,5 por cento dos personagens femininos aparecem parcial ou totalmente nus e 16,5 por cento dos homens se mostram em roupas reveladoras ou apertadas.
Os atores negros tiveram uma melhor representação, segundo o estudo, com 14,1 por cento. No conjunto da sociedade norte-americana, esse grupo representa 13,2 por cento.
Mas apenas 5 dos 107 diretores dos filmes estudados eram negros, dos quais eram todos homens e mais inclinados a dirigir atores negros.