Champanhe Ruinart: nova embalagem sustentável (Ruinart/Divulgação)
Guilherme Dearo
Publicado em 3 de março de 2020 às 07h00.
Última atualização em 3 de março de 2020 às 07h00.
O espocar de custosas garrafas de champanhe não combina com preocupações indigestas, como a saúde do planeta. Em outras palavras, luxo e sustentabilidade não exatamente se misturam. Não faz muito tempo, diversas marcas requintadas se comportavam como se essas duas frases fossem aceitáveis. Hoje são raras as que não estão quebrando a cabeça para desenvolver lançamentos e métodos de produção menos nocivos ao meio-ambiente.
O incensado champanhe Ruinart, por exemplo. De propriedade do conglomerado de luxo LVMH, a marca aproveitou a última feira Vinexpo, organizada pela primeira vez em paris, no mês passado, para apresentar um novo estojo para suas garrafas.
Sem um pingo de plástico, ele é feito de fibras naturais de madeira e 100% reciclável. Nove vezes mais leve que a embalagem usada até agora, a novidade se molda perfeitamente ao formato das garrafas.
“Este projeto disruptivo incorpora o firme compromisso da maison com a sustentabilidade em todas as etapas do desenvolvimento e da comercialização de nossos produtos, desde cuidar das vinhas até a experiência do consumidor”, declarou Frédéric Dufour, o presidente da Ruinart.
A novidade deve chegar às prateleiras europeias no quarto trimestre deste ano e é tida como o pontapé inicial de uma série de novas práticas sustentáveis adotadas por várias bebidas da LVMH. O grupo anunciou, por exemplo, que vai deixar de usar herbicidas em todos os seus vinhedos na região de Champanhe até o fim de 2020.
Também prometeu dar orientação e apoio aos viticultores parceiros para acelerar a adoção de métodos de produção que respeitem melhor o solo e investir € 20 milhões em um centro de pesquisa dedicado a inovações científicas para a viticultura sustentável.