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Kobra prepara a segunda maior obra da carreira: um mural de 5 mil metros quadrados

Artista transforma silos industriais, em Curitiba no Paraná, em uma homenagem ao trigo, ao pão e aos trabalhadores que os produzem

Eduardo Kobra: artista brasileiro reconhecido em todo o mundo. (Studio Kobra/Divulgação)

Eduardo Kobra: artista brasileiro reconhecido em todo o mundo. (Studio Kobra/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 17h04.

Última atualização em 31 de janeiro de 2025 às 17h06.

O pão está na mesa de praticamente todas as culturas do mundo. Mais do que alimento, ele carrega histórias, significados e símbolos de partilha e comunidade. Agora, essa trajetória — do trigo à mesa — ganha uma representação monumental pelas mãos de um dos maiores muralistas da atualidade: Eduardo Kobra.

O artista, reconhecido mundialmente pelo impacto visual e pela grandiosidade de suas obras, está preparando aquele que será o segundo maior mural de sua carreira. Batizado de "Ciclos", o trabalho ocupará 5 mil metros quadrados em dez silos industriais da fabricante de farinhas Moinho Anaconda, em Curitiba, no Paraná.

Além das dimensões impressionantes, o projeto marca a estreia de Kobra na capital paranaense. "Quero destacar aqui os processos, do plantio do trigo à produção do pão, que fazem com que este alimento universal chegue à mesa das pessoas", explica o artista.

A proposta de "Ciclos" é retratar a trajetória do trigo, desde a colheita até sua transformação no alimento que está presente em diferentes culturas ao redor do mundo. O mural será dividido em três cenas principais:

  • A colheita do trigo, representada por mãos calejadas trabalhando na lavoura.
  • A farinha em transformação, destacando o processo de produção do pão.
  • O pão assado sendo ofertado, simbolizando a partilha e a importância do alimento na sociedade.

Além do desafio de pintar um mural em um conjunto de silos industriais, que impõe dificuldades logísticas e estruturais, o projeto carrega um significado profundo para Kobra.

"Quero valorizar o trabalhador, aquele que cultiva a matéria-prima, aquele que trabalha na fábrica de farinha, aquele que faz o pão. E devemos nos lembrar de todo o simbolismo do pão para a humanidade: ele representa comunidade, partilha e fraternidade", afirma.

A obra faz parte das comemorações pelos 75 anos do Moinho Anaconda, celebrados em 2026. A escolha de Curitiba para sediar o mural não é por acaso: a unidade da empresa na cidade foi inaugurada em 1957 e ocupa uma posição estratégica no abastecimento de farinha no Brasil.

Eduardo Kobra: obra é feita em Curitiba. (Drone Cyrillo/Divulgação)

Kobra e a arte que dialoga com a indústria

Esta não é a primeira vez que Eduardo Kobra usa sua arte para retratar processos produtivos no setor alimentício. Em 2017, ele criou aquele que é, até hoje, o maior mural do mundo, registrado no Guinness Book, com 5,8 mil metros quadrados. A obra, localizada às margens da Rodovia Castelo Branco, na Grande São Paulo, retrata a produção do cacau e do chocolate.

No ano passado, o artista pintou em São Paulo o mural "A Arte da Lavoura", que homenageia os trabalhadores da agricultura e a importância do setor para o abastecimento global.

Agora, com "Ciclos", Kobra volta seu olhar para um dos alimentos mais essenciais da humanidade. O mural é uma fusão entre arte, história e reconhecimento, celebrando tanto a beleza da produção do pão quanto a força daqueles que fazem esse ciclo acontecer todos os dias.

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