Michael Jackson morreu em junho de 2009 por overdose de medicamentos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2011 às 21h30.
Los Angeles 0 O juri do processo criminal contra Conrad Murray, o médico de Michael Jackson, deliberava nesta sexta-feira para decidir se houve negligência na morte do rei do pop há dois anos, por overdose de medicamentos.
Os sete homens e cinco mulheres que integram o juri precisam chegar a um veredicto para a acusação de homicídio culposo contra Murray, um cardiologista de 58 anos, acusado de dar a Jackson uma dose fatal do sedativo propofol para ajudar o cantor a dormir.
Murray administrou propofol em Jackson após outros sedativos não surtirem efeito, mas se ausentou do quarto do artista, em uma mansão de Los Angeles, e ao voltar encontrou o astro pop aparentemente sem vida, na manhã do dia 25 de junho de 2009.
A imprensa estima que o veredicto sairá ainda nesta sexta-feira.
Na véspera, durante sua alegação final, o promotor David Walgren afirmou que a negligência de Murray provocou a morte de Jackson.
Walgren destacou as graves falhas profissionais do médico de 58 anos, que recebia um salário mensal de 150 mil dólares. "A evidência neste caso é esmagadora... De que Conrad Murray agiu com negligência criminosa, de que Conrad Murray causou a morte de Michael Jackson...".
O advogado do médico, Ed Chernoff, disse ao juri que Murray foi "um pequeno peixe em um tanque sujo", e afirmou que as principais testemunhas do caso conspiraram contra o médico sobre o que ocorreu na casa de Jackson no dia 25 de junho de 2009.
A defesa se baseou no argumentado de que Jackson era um viciado desesperado, que provocou a própria morte ao tomar mais medicamentos, enquanto Murray estava fora do quarto do cantor, em uma mansão nos arredores de Los Angeles.
O cardiologista pode ser condenado a até 4 anos de prisão e à perda da licença médica se for considerado culpado pela morte de Jackson.