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Judoca é suspenso por 10 anos por se recusar a lutar com israelense

O Comitê Olímpico Argelino retirou as credenciais do judoca Fethi Nourine e de seu técnico, Amar Benikhlef, e os mandou de volta para casa

Anéis Olímpicos em Tóquio. (Kim Kyung-Hoon/Pool/Reuters)

Anéis Olímpicos em Tóquio. (Kim Kyung-Hoon/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de setembro de 2021 às 09h28.

O judoca argelino Fethi Nourine e seu técnico foram suspensos pela Federação Internacional de Judô (IJF) por 10 anos por se retirarem da Olimpíada de Tóquio quando a chave da competição colocou o judoca a caminho de uma luta contra um atleta israelense.

O atleta de 30 anos deveria enfrentar o sudanês Mohamed Abdalrasool na primeira luta na categoria até 73 quilos, e uma vitória o faria enfrentar o israelense Tohar Butbul na rodada seguinte.

Nourine disse que seu apoio político à causa palestina tornou impossível para ele competir com Butbul.

O Comitê Olímpico Argelino retirou as credenciais do judoca e de seu técnico, Amar Benikhlef, e os mandou de volta para casa.

A IJF, que suspendeu ambos temporariamente, disse que os dois usaram os Jogos "como uma plataforma de protesto e promoção de propaganda política e religiosa", o que violou seu código de ética e a Carta Olímpica.

Eles estão banidos de todos os eventos e atividades da IJF até 23 de julho de 2031, mas podem apelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS), disse o comunicado da entidade.

O incidente não foi a primeira vez em que Nourine se retirou de uma competição para evitar enfrentar um oponente israelense – ele abandonou o Campeonato Mundial de 2019 em Tóquio pela mesma razão.

As tensões do conflito israelo-palestino voltaram à tona neste ano, quando confrontos na Jerusalém em disputa desencadearam combates através da fronteira.

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