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Jornalista volta a trabalhar 41 dias após acidente da Chapecoense

Radialista Rafael Henzel voltou ao trabalho, 41 dias depois de sobreviver ao acidente da Chapecoense

Rafael Henzel: jornalista participou do programa "Som e Café News" da rádio Oeste Capital, de Chapecó (Diego Vara/Reuters)

Rafael Henzel: jornalista participou do programa "Som e Café News" da rádio Oeste Capital, de Chapecó (Diego Vara/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 11h12.

São Paulo - Depois de 41 dias do acidente com o avião da Chapecoense, que matou 71 pessoas no último dia 29 de novembro, o radialista Rafael Henzel voltou ao trabalho.

Um dos seis sobreviventes da tragédia na Colômbia, ele participou do programa "Som e Café News" da rádio Oeste Capital, de Chapecó, ao lado de Ory Rodrigues, nesta segunda-feira.

"Será um prazer reencontrar nossos ouvintes queridos", escreveu em sua página de Facebook pouco antes de entrar no ar.

Durante o programa, Henzel relembrou detalhes do acidente, agradeceu o carinho que recebeu de todos e, como não poderia ser diferente, comentou sobre como como foi a sensação de voltar ao trabalho.

"Não é uma coisa muito fácil, mas Deus preservou meu intelecto, minha voz, para que eu pudesse voltar a trabalhar", comentou o radialista.

Henzel até brincou ao comentar da preparação para trabalhar no primeiro jogo da Chapecoense em 2017. A equipe catarinense estreia na Primeira Liga no dia 26 de janeiro, diante do Joinville, na Arena Condá, em Chapecó.

"Digamos que estou em uma pré-temporada, assim como a Chapecoense, para voltar bem, voltar feliz e levar essa felicidade para o torcedor e para os amigos também", disse.

Bem humorado, o radialista fez diversas brincadeiras durante o programa. "De sorte ou azar, eu entendo", comentou ao ser questionado sobre o fato de sexta-feira desta semana ser dia 13. "Hoje mesmo vi um gato preto na rua. Isso de azar na existe. Gato preto é bonito", completou.

Henzel foi um dos seis sobreviventes do acidente aéreo ocorrido perto do aeroporto de Medellín, para onde o avião da Chapecoense tentava chegar visando a disputa do jogo de ida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional.

Os outros cinco sobreviventes foram o goleiro Jackson Follmann, o lateral Alan Ruschel, o zagueiro Neto, a comissária boliviana Ximena Suárez Otterburg e o técnico de aviação Erwin Tumiri, também da Bolívia.

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