James Franco (foto de arquivo): ator diz que relações foram com consentimento (Taylor Hill/WireImage/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 10h15.
Última atualização em 23 de dezembro de 2021 às 10h19.
Três anos após ser acusado de assédio sexual, o ator James Franco admitiu que teve relações sexuais com alunas de sua extinta escola de atuação, a Studio 4, em Nova York, nos Estados Unidos. Durante entrevista no podcast The Jess Cagle, divulgada nesta quarta-feira, ele disse que enquanto foi professor, "dormia com as alunas, e isso era errado".
O artista disse ainda que "está se recuperando do vício em sexo desde 2016" e que "vem trabalhando muito e mudando quem era" após as acusações.
"Suponho que, na época, meu pensamento era: 'Se é consensual, OK'", disse.
O caso teve início em 2018, logo após Franco vencer o Globo de Ouro. Na cerimônia, usou um adesivo do movimento Time's Up, que apoia vítimas de assédio sexual, o que gerou revolta em mulheres que se identificaram como vítimas dele. Dias depois, Franco afirmou a que as acusações 'não estavam corretas'.
A atriz Sarah Tither-Kaplan foi uma das primeiras a se pronunciar sobre, quando contou no Twitter que Franco a fez se despir totalmente em dois de seus filmes.
Na ocasião, o ator teria argumentado que a nudez não era exploração porque a colega havia assinado um contrato. Violet Paley também contou na mesma rede social que Franco expôs o pênis e empurrou a cabeça dela em direção ao órgão. Os dois estariam juntos em uma viagem de carro.
Uma ação coletiva foi movida na Justiça de Los Angeles em 2019, alegando que o artista abusava das vítimas se aproveitando de sua posição e oferecendo oportunidades de papéis em seus filmes.
No processo, as alunas se disseram vítimas de uma fraude, por pagarem pela escola de teatro enquanto eram objetificadas e intimidadas. Em julho deste ano, ator fechou acordo judicial de US$ 2,2 milhões (R$ 12,44 na cotação atual) com as vítimas.