Michael Jackson morreu em junho de 2009 por overdose de medicamentos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2011 às 21h21.
Los Angeles - Michael Jackson pode ter engolido oito comprimidos adicionais do sedativo lorazepam na manhã em que morreu, em 2009, disse em depoimento nesta sexta-feira uma testemunha perita.
O doutor Paul White, previsto para ser a última testemunha da defesa no julgamento por homicídio involuntário do médico do cantor, doutor Conrad Murray, criticou as teorias da acusação sobre o que aconteceu nas horas antes de Jackson ser encontrado sem vida em sua cama.
As autoridades concluíram que Jackson morreu em 25 de junho de 2009 de uma overdose do anestésico propofol, com lorazepam contribuindo para a morte.
Murray admitiu ter dado a Jackson propofol e duas injeções de dois miligramas cada de lorazepam para ajudá-lo a dormir. Mas a autópsia detectou no corpo de Jackson níveis muito mais altos de lorazepam.
Usando modelos matemáticos para explicar os efeitos de doses diferentes de drogas, White disse que Jackson pode ter engolido oito outros comprimidos de lorazepam durante uma longa noite insone, elevando o nível da droga em seu sangue ao nível constatado na autópsia.
"O fato de haver uma quantidade mesmo minúscula de lorazepam livre (no estômago) é consistente com a teoria de que ele tomou o lorazepam por via oral", disse White.
O perito criticou o cenário proposto na semana passada por um perito da acusação, segundo o qual Murray pode ter aplicado em Jackson muito mais injeções do sedativo do que admitiu à polícia. White disse que doses tão altas teriam levado o paciente a perder a consciência rapidamente.
"Não posso imaginar ninguém sentado ao lado da cama injetando repetidas e grandes doses de lorazepam em alguém", disse White.