Comunidade lota a quadra da Unidos da Tijuca para comemorar título de vencedora do Carnaval 2014, no Rio de Janeiro (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2014 às 22h50.
Rio - Campeão em três dos últimos cinco desfiles das escolas de samba do Rio, o ex-comissário de bordo Paulo Barros, de 51 anos, é atualmente o principal carnavalesco do País.
O título conquistado nesta quarta-feira, 5, porém, foi o primeiro contestado por uma parcela do público, antes unânime em aplaudi-lo. Em entrevista concedida nesta quinta-feira (6) ao Estado, o carnavalesco chama de "críticos-naftalina" quem o considera repetitivo, e diz que finalmente os jurados entenderam seu estilo, caracterizado por alegorias e fantasias que explicam o enredo.
- Os jurados mudaram ou você se adaptou ao gosto deles?
Paulo Barros - Em relação a 2004 (quando, estreante no Grupo Especial, inovou com a alegoria humana que representava o DNA), não vejo como pior ou melhor. Na época tudo era novidade. Hoje as pessoas já assimilaram meu estilo (para os 'críticos-naftalina', repetição). Os julgadores se convenceram de que esse é meu estilo, me preocupo em produzir alegorias e fantasias que 'dão recado ao enredo'.
- Pela primeira vez algumas pessoas fazem críticas ao seu estilo. Como vê isso?
Paulo Barros - Esse discurso vem dos torcedores de concorrentes. Acabo de sair de uma gravação em um shopping e quase não consigo sair de lá. Milhões de elogios do povo e milhares de mensagens de carinho.
- Em comparação com outros carnavalescos, você demonstra muita tranquilidade durante o desfile, sambando descontraído. Qual é o segredo?
Paulo Barros - Coloco a escola toda na avenida, na concentração. Quando entra o último componente, me sinto realizado e feliz, e deixo a alegria tomar conta.