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Itália fica de fora da Copa pela primeira vez em 60 anos

A seleção empatou com a Suécia nesta segunda-feira (13); a última vez em que a Itália não participou de uma Copa foi em 1958

Itália: o jogo ocorreu no estádio de San Siro, em Milão (Max Rossi/Reuters/Reuters)

Itália: o jogo ocorreu no estádio de San Siro, em Milão (Max Rossi/Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de novembro de 2017 às 20h27.

Milão - A seleção da Itália empatou nesta segunda-feira com a Suécia em 0 a 0, no estádio San Siro, em Milão, e deu adeus à chance de ir à Copa do Mundo de 2018, na Rússia, que será a primeira edição do torneio em 60 anos sem a presença dos tetracampeões.

Já a vice-campeã mundial justamente na última competição sem a 'Azzurra', em 1958, conseguiu se classificar para a Copa, pela 12ª vez na história, graças à vitória obtida na sexta-feira passada na partida de ida, na Friends Arena, em Solna, por 1 a 0. Os nórdicos voltarão ao Mundial após 12 anos, já que ficaram fora das edições de 2010, na África do Sul, e 2014, no Brasil.

A Itália, por sua vez, cai em Eliminatórias pela segunda vez na história. A primeira foi para a Copa de 1958, quando perdeu para a Irlanda do Norte na rodada decisiva do grupo 8, que ainda tinha Portugal, por 2 a 1, em Belfast. Em 1930, a 'Azzurra' também ficou fora, mas por desistência dos dirigentes.

Com a queda dos campeões de 1934, 1938, 1982 e 2006, esta será a primeira vez desde a Copa disputada na Alemanha, há 11 anos, sem um dos detentores de títulos mundiais. Naquela ocasião, o Uruguai é que não conseguiu carimbar o passaporte, ao perder também em uma repescagem, para a Austrália.

Para a partida decisiva desta segunda-feira, o técnico Gianpiero Ventura fez três mudanças na Itália, uma delas forçada, a saída de Verratti, suspenso pelo acúmulo de cartões amarelos, para a entrada de Florenzi. No setor ofensivo, Gabbiadini ganhou a vaga de Belotti.

A grande novidade foi o volante Jorginho na formação inicial, substituindo o veterano De Rossi. Nascido em Santa Catarina, o jogador do Napoli chegou a ser cotado para defender o Brasil, chegou a ser procurado pelo coordenador da seleção, Edu Gaspar, mas não foi chamado por Tite e agora só poderá defender a Itália.

A Suécia, do técnico Janne Andersson, teve o reforço de Lustig, que voltou de suspensão, na lateral-direita, ganhando a posição de Krafth. Autor do gol da vitória na ida, o meia Johansson ganhou a posição de Ekdal, justamente a quem havia substituído em Solna, quatro minutos após ter saído do banco de reservas.

Antes de a bola rolar, durante a execução dos hinos, a torcida anfitriã vaiou a plenos pulmões quando o da Suécia soou. Buffon, que mostrou insatisfação com a atitude, respondendo com pedido de aplausos, depois cantou cheio de emoção e de olhos fechados o "Il Canto degli Italiani", chegando a chorar.

O clima de paixão, no entanto, esteve longe de entrar em campo nos primeiros minutos, já que a partida começou truncada. Aos 6, os italianos pediram pênalti em Augustinsson em Parolo, ignorado pelo árbitro espanhol Antonio Mateu Lahoz, que ainda mostrou cartão amarelo para Chiellini, por reclamar da não-marcação.

Os suecos também reclamariam muito, por causa de dois toques em mão de italianos dentro da área, que não foram transformados em cobranças da marca fatal. Primeiro, aos 12 minutos, Darmian foi o protagonista do lance, depois, aos 29, foi a vez de Barzagli.

A primeira grande oportunidade do primeiro tempo foi criada só aos 27 minutos, quando Jorginho achou Immobile na direita, o atacante bateu para o meio da área, achando no lado oposto a Candreva, que soltou uma bomba, que passou por cima do travessão.

Aos 40, o brasileiro do Napoli apareceu de novo para acionar Immobile, que partiu em direção ao gol e tocou de leve, parando em grande defesa de Olsen. Lustig apareceu depois da intervenção do camisa 1, para dar um chutão e afastar o perigo.

Para desespero de um San Siro lotado, o goleiro sueco apareceu muito bem mais uma vez aos 45, em meio a uma verdadeira 'blitz' italiana. Florenzi recebeu bem no lado esquerdo da área, arrancou e soltou uma bomba, parando em defesa de Olsen feita com os pés.

O segundo tempo começou com mais discussão, reclamação e polêmica. Logo no minuto inicial, Darmian foi lançado no lado esquerdo da área e, em seguida, acabou atropelado por Lustig. Antonio Mateu Lahoz, no entanto, viu toque de mão do italiano, antes do choque.

Além do clima tenso, com queixas ao árbitro, a etapa complementar também seguiu com a 'Azzurra' pressionando. Aos 8, Florenzi acertou um voleio que passou muito perto do gol sueco. Quatro minutos depois, Chiellini apareceu como surpresa e bateu para defesa de Olsen.

Aos 17, Gianpiero Ventura foi para o tudo ou nada, colocando El Shaarawy e Belotti, nos lugares de Darmian e Gabbiadini. Logo no primeiro lance, O Pequeno Faraó, como a torcida se refere ao jogador da Roma, cruzou na medida para Immobile, que quase marcou.

O drama 'azzurro' aumentava a cada segundo, enquanto a Suécia seguia fechada, tentando aguardar o momento de agredir no contra-ataque. Aos 31, Chiellini, já atuando como lateral-esquerdo, arrancou e fez bom cruzamento. Lindelof conseguiu desviar de cabeça, e a bola sobrou para Florenzi, que encheu o pé por cima do gol.

A pressão seguiu intensa, apesar da falta de inspiração italiana. Aos 38, apesar disso, Olsen precisou trabalhar, quando Florenzi levantou a bola em cobrança de falta da direita, Parolo testou no cantinho e obrigou o goleiro a fazer boa defesa.

O camisa 1 sueco brilhou ainda mais aos 41, quando Belotti ajeitou para El Shaarawy, que soltou um foguete, defendido pelo goleiro. Na sequência do lance, os italianos seguiram com a posse, até que, após cruzamento, Parolo cabeceou para fora.

Nos acréscimos, Buffon foi para a área, tentando marcar de cabeça em cobrança de escanteio. Aos 48, após bate e rebate, a bola sobrou para Jorginho, que bateu forte, à direita do gol da Suécia, na última oportunidade do jogo, para desespero dos italianos.

Ficha técnica

Itália: Buffon; Barzagli, Bonucci e Chiellini; Candreva (Bernardeschi), Jorginho, Florenzi, Parolo e Darmian (El Shaarawy); Gabbiadini (Belotti) e Immobile. Técnico: Gianpiero Ventura.

Suécia: Olsen; Lustig, Lindelöf, Granqvist e Augustinsson; Claesson (Rohdén), Johansson (Svensson), Larsson e Forsberg; Toivonen (Thelin) e Berg. Técnico: Janne Andersson.

Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (Espanha), auxiliado pelos compatriotas Pau Cebrián Devís e Roberto del Palomar.

Cartões amarelos: Chiellini, Barzagli, Bernardeschi e Immobile (Itália); Johansson, Forsberg, Lustig, Thelin e Olsen (Suécia).

Estádio: San Siro, Milão (Itália).

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