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Irã quer processar Hollywood por conta de filmes como "Argo"

Segundo as autoridaes de Teerã, os filmes promovem sentimentos contra a República Islâmica


	Cartaz do filme "Argo": embora "Argo" esteja proibido no Irã, não é difícil conseguir cópias piratas em DVD distribuídas por vendedores de rua.
 (Divulgação)

Cartaz do filme "Argo": embora "Argo" esteja proibido no Irã, não é difícil conseguir cópias piratas em DVD distribuídas por vendedores de rua. (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2013 às 14h14.

Teerã - O Irã pretende processar Hollywood pela produção de filmes como "Argo", o ganhador do Oscar deste ano, que segundo as autoridades de Teerã promovem sentimentos contra a República Islâmica, informou nesta quarta-feira o jornal governamental em inglês "Tehran Times".

Por enquanto, o Governo de Teerã não precisou perante que tribunais poderia interpor o processo contra a indústria americana do cinema de Hollywood, mas entrou em contato com a advogada francesa Isabelle Coutant-Peyre para estudar uma fórmula.

Em uma conferência intitulada "A fraude de Hollywood", organizada nestes dias em Teerã pelo Ministério de Cultura e Orientação Islâmica, Coutant-Peyre afirmou que apoiará a causa iraniana. "Eu representarei o Irã contra filmes como "Argo", produzidos por Hollywood para criar uma má imagem do Irã", segundo reproduz nesta quarta-feira o "Tehran Times".

"Estarei junto com o povo iraniano para informar ao mundo sobre a difusão de propaganda contra o Irã", disse a advogada na reunião, na qual o Governo de Teerã pretende "denunciar a iranofobia".

Além disso, Coutant-Peyre afirmou que o filme é distribuído na França por uma companhia "dirigida por um cidadão israelense cuja mãe é a líder do "lobby" sionista na Alemanha".

Coutant-Peyre é conhecida como advogada defensora do terrorista venezuelano Ilich Rodríguez Sánchez, apelidado de "Carlos, o Chacal", condenado na França em 1997 à prisão perpétua por vários atentados, com pelo menos 11 mortos, nos anos 80, após ter sido detido no Sudão e extraditado em 1994.


Após a entrega no mês passado do Oscar de melhor filme a "Argo", de Ben Affleck, o Governo iraniano disparou contra o filme, e o ministro da Cultura, Mohamad Hosseini, disse que o longa "carece de valor artístico" e é "anti-iraniano".

Hosseini acrescentou que "não esperávamos que os inimigos do Irã fizessem nada de bom" e considerou que "Argo", um drama político sobre o resgate de seis funcionários da Embaixada dos EUA em Teerã em 1980, obteve o Oscar graças a "um grande investimento e muita propaganda para atrair a atenção internacional".

O ministro afirmou, além disso, que a República Islâmica produzirá filmes que "respondam" ao que denominou "atuação de Hollywood contra o Irã".

O fato de que Michelle Obama, a esposa do presidente de EUA, fora a encarregada, através de um vídeo, de abrir o envelope e anunciar a "Argo" como ganhador na gala dos prêmios Oscar, foi também visto como um sinal de "politização" dos prêmios.

Embora "Argo" esteja proibido no Irã, não é difícil conseguir cópias piratas em DVD distribuídas por vendedores de rua. 

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