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Invasão chinesa: os carros asiáticos que chegarão ao Brasil nos próximos meses

Pelo menos mais quatro marcas da China devem chegar ao Brasil nos próximos meses

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 23 de setembro de 2024 às 07h26.

Última atualização em 23 de setembro de 2024 às 14h09.

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DE PEQUIM, CHINA - Ao caminhar pelas grandes e médias cidades brasileiras, uma percepção é muito evidente: há mais carros chineses circulando nas ruas. Esse sentimento é confirmado pelos números. Em um recorte apenas com veículos eletrificados, principal aposta das montadoras da China, de janeiro a julho o mercado nacional emplacou 94.616 veículos leves eletrificados, superando os 93.927 de todo o ano passado, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.

A BYD lidera esse movimento, com 25.692 veículos, seguida pela GWM, com 4.085. Chery e JAC também já estão presentes no Brasil. Nos próximos meses, o número de montadoras operando em território nacional deve dobrar, em um cenário de mercado ávido por tecnologia e preços competitivos. Boa parte das montadoras já considera a instalação de fábricas no Brasil. Conferimos algumas dessas apostas no Salão do Automóvel de Pequim no fim de abril.

Neta

Neta GT: cupê de duas portas acelera de 0 a 100 quilômetros por hora em 3,7 segundos (Neta/Divulgação)

A Neta chegará ao Brasil até o fim deste ano, apostando no mercado de SUVs. A marca escolheu o Neta X 100% elétrico para estrear no país. O modelo chega ao Brasil em três versões: 400, 500 e 500 Luxury. A autonomia da bateria foi homologada pelo Inmetro e permite rodar até 317 quilômetros sem a necessidade de carregamento. Além desse SUV médio, a montadora trará o Aya, também elétrico, porém mais compacto, com preço em torno de 130.000 reais, dependendo da versão. Outra aposta é o Neta GT, um cupê de duas portas, com uma aceleração de zero a 100 quilômetros por hora em 3,7 segundos. Entra em um mercado com pouca concorrência no Brasil. O carro deve chegar até janeiro de 2025, mas já está em processo de homologação. O preço ainda vai ser definido pela montadora.

Omoda e Jaecoo

Omoda e Jaecoo: ambas as marcas pertencem ao grupo Chery e devem chegar ao Brasil no primeiro trimestre do ano que vem (Chery/Divulgação)

A concorrência na categoria dos SUVs no Brasil ganhará um novo participante no início de 2025. A chinesa Omoda (lê-se “omôda”) desembarca aqui no primeiro trimestre do ano que vem, estreando com o SUV compacto Omoda 5 em versão elétrica. Logo após, serão lançadas duas versões híbridas do Omoda 5, além da marca-irmã Jaecoo (lê-se “djeico”), com o J7, um SUV médio. Ambas pertencem ao grupo Chery, mas atuarão de forma independente no país. A Omoda tem um foco em carros mais sofisticados e tecnológicos, voltados para um público jovem. Já a Jaecoo foca em off-road e SUVs para diversos tipos de terrenos. As montadoras afirmam que, no próximo ano, os carros terão fabricação nacional. Os preços também ainda estão em definição.

Tank e Wey

Tank e Wey: a divisão de robustos carros off-road e o híbrido plug-in de luxo estão dentro do portólio da chinesa GWM (GWM/Divulgação)

Na China, a GWM opera suas marcas de forma independente da controladora. Assim, você compra um Haval, e não um GWM. No Brasil, a montadora optou por manter as marcas como modelos de carros, sob um único guarda-chuva. Embora seja uma estratégia local, a GWM vai trazer ao Brasil duas novas marcas que fazem sucesso na China. A divisão de off-road Tank desembarcará aqui no primeiro trimestre do próximo ano, com três modelos, começando pelo Tank 300, um 4x4 robusto. Outra marca que chega em 2024 é a Wey, focada em luxo. O modelo escolhido para o Brasil deve ser o Wey 5, na versão híbrida plug-in, competindo com BMW e Audi. Preço de venda: ainda em definição.

O jornalista viajou para Pequim a convite da GWM

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