Massimo Moratti, presidente da Inter de Milão: foi comentado que Thohir tinha chegado a acordo para adquirir 70% das ações da equipe por 300 milhões de euros (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2013 às 08h35.
Roma - O presidente da Inter de Milão, Massimo Moratti, anunciou nesta terça-feira que após seis meses de negociações chegou-se a um acordo para vender o clube italiano para um grupo de empresários indonésios liderados pelo magnata Erick Thohir.
Nos últimos dias foi comentado que Thohir tinha chegado a um acordo para adquirir 70% das ações da equipe por um valor de 300 milhões de euros (cerca de R$ 883 milhões).
Moratti não quis revelar se apesar da venda continuará como presidente do clube milanês, historicamente vinculado a sua família e desde 1995 sob seu comando.
O empresário, executivo-chefe do grupo petroleiro Saras, seguirá na sociedade, embora não saiba em que cargo, ao conservar cerca de 23% das ações do clube, enquanto o restante está em mãos da família Giulini, da fabricante de pneus Pirelli e de outros pequenos investidores.
A venda ainda terá que ser aprovada em uma assembleia de sócios, mas a expectativa é de que não ocorram problemas.
Moratti sempre explicou que sua decisão de pôr o clube à venda era em parte pela crise que atinge todo o país, mas também para tornar mais sólido economicamente o que sempre foi o "amor" de sua família.
O magnata indonésio, proprietário do holding Astra International, que incluiu negócios no setor de mineração, agrícola, tecnológico e infraestrutura, controla 15% da equipe de basquete da NBA Philadelphia 76ers e também tem uma parcela do DC United, time de futebol da liga americana.
A intenção do empresário indonésio é "explorar" ao máximo a marca Inter no mundo, começando pela Indonésia, onde o clube milanês tem cerca de 11 milhões de torcedores.
Segundo o jornal "Gazzetta dello Sport", o consórcio indonésio prevê a construção de um estádio que daria ao clube uma receita entre 80 e 100 milhões de euro anuais.
O Inter é ao lado do Roma, que está em mãos de uma sociedade americana, o segundo clube italiano em mãos de investidores estrangeiros.