Mica Rocha, empresária e influenciadora. (Leandro Fonseca/Exame)
Julia Storch
Publicado em 23 de setembro de 2022 às 11h42.
Nos anos 2010, pouco se sabia sobre o futuro das redes sociais e o título de influenciadora ainda não era usual. Mesmo assim, a empresária e influenciadora Mica Rocha decidiu apostar suas fichas na produção de conteúdo para a internet. “Sou muito apaixonada pela internet porque é o meio que eu nasci profissionalmente”, diz Rocha, que atualmente acumula mais de 1.3 milhão de seguidores no Instagram, e três marcas nativas digitais, lançadas nos últimos 3 anos.
Seu trabalho nas redes sociais começou em 2014, com vídeos sobre relacionamento e lifestyle e passou a crescer com a produção de conteúdo para marcas. "Eu comecei a fazer conteúdos por conta própria. Aprendi a roteirizar, ter ideias de pauta, ir para rua e entrevistar pessoas", conta Rocha sobre os vídeos que fazia com celebridades e anônimos nas ruas sobre universo feminino, relacionamentos e lifestyle.
Ainda que já fosse empreendedora, Mica decidiu lançar em 2019, a Margaux, marca de sapatos cruelty free. “Nessa época eu trabalhava muito com outras marcas, mas queria arriscar e fazer algo meu”, conta, “foi assim que começamos a produzir sapatos personalizáveis”. Seis meses mais tarde, Rocha decidiu lançar a Misha, marca de semijoias com foco no digital, atualmente com dois pontos de venda físicos em São Paulo e crescimento de 300% em um ano.
E por fim, no início deste ano, lançou uma marca de roupas voltada ao athleisure. “A Open Era não é só uma marca só de fitness ou de moda casual, é uma marca que une os dois universos”, disse. As três empresas fazem parte do Grupo New Bloomers, com Newton Rocha e Renato Mimica como sócios.
Porém, mesmo com uma rotina focada nas marcas, a empresária ainda se divide com o trabalho de influenciadora. “Continuo trabalhando com marcas muito legais e desenvolvendo conteúdos e escrevendo roteiros, adoro fazer isso. É uma parte da minha profissão que eu tenho muita paixão. Com as minhas marcas, gosto muito do desafio do varejo de ‘matar um leão por dia’”, comenta.
Rocha vê uma quebra geracional ao se dividir entre as profissões. "Consigo mostrar para a geração anterior que podemos fazer várias coisas ao mesmo tempo. Na época dos nossos pais, você tinha que seguir uma profissão. Mas me encontrei quando eu comecei a ver que eu poderia ter várias coisas e é assim que eu gosto de trabalhar, desde escrever livros a ter uma marca de roupas", diz.