Bruno Karra, da Baw Clothing: "Na pandemia, o desafio foi levar o streetwear para dentro de casa" (Baw Clothing/Divulgação)
Matheus Doliveira
Publicado em 19 de outubro de 2021 às 14h42.
"Durante a pandemia, o nosso desafio foi levar o estilo streetwear para dentro dos lares", disse Bruno Karra, CEO da marca de moda casual Baw Clothing, durante a quinta edição do Iguatemi Talks Fashion, que discute os rumos da moda no Brasil e no mundo entre hoje (19) e amanhã.
Seu dinheiro está seguro? Aprenda a proteger seu patrimônio
Mediado pelo jornalista e editor da Casual EXAME, Ivan Padilla, o painel Negócio da Moda discutiu as tendências da moda que usamos em casa e as lições que a pandemia trouxe ao setor. Além de Bruno Karra, o painel contou com a presença de Rony Meisler, CEO do Grupo Reserva e da AR&Co, e de Natalie Klein, fundadora e CEO da empresa multimarcas NK.
Fundada em 2016 pelos irmãos Bruno e Lucas Karra, a Baw Clothing é uma marca nativa digital que estrou no mundo da moda com a proposta de fazer roupas com modelagens sem gênero. Embora Baw venha de Black&White, o que transformou a bandeira em um grande player foi a aposta em roupas de cores vivas e ousadas, sem dispensar, claro, as estampas. "No começo, fazíamos só camisetas pretas e brancas, por isso chamamos a marca de Baw. Ainda assim, nós nunca tivemos medo de testar novos estilos", disse Bruno, que em junho desse ano vendeu a Baw para o grupo Arezzo&co por 110 milhões de reais.
Mesmo após a aquisição da marca por parte do conglomerado de Alexandre Birman, Bruno Karra continua à frente da Baw, consolidando a marca no universo no streetwear. "Nosso DNA é o streetwear, e esse estilo está enraizado na cultura das pessoas: está presente no que você consome, escuta, lê e veste... O desafio, agora, é como adaptar isso para dentro de casa sendo o mais confortável possível", disse. "Rony e Alexandre foram fundamentais para entrarmos para o grupo A&Co. Foi uma oportunidade de colocar a Baw em outro patamar mantendo nossa autonomia de estilo."
Rony Meisler comentou a entrada da Baw no grupo A&Co. "Se tirar a alma da marca, você passa a vender só roupa. O importante é dar espaço para realizar sonhos, mas com a estrutura e gestão de um grande grupo. Tem 1 influenciadora da baw que vende 2 milhões de reais por ano com cupom de desconto", disse.
O criador da reserva, marca que também é da Arezzo, falou sobre a importância da adoção de novas tecnologias pela marca e sobre a experiencia de consumo dos clientes durante o último ano. "A pandemia ressignificou o profissional de venda. O Vendedor virou também um consultor de estilo. Focamos no que precisamos melhorar para evoluir na experiência do cliente. Tecnologia ajuda a termos conhecimento profundo dessa jornada do cliente", disse.
Natalie Klein, um dos mais respeitados nomes da moda brasileira e Chief Inspirational Officer do seu negocio de moda e lifestyle NK Store, falou sobre a importância das redes sociais para a captação de novos clientes e para a construção de uma identidade de marca. "Os vendedores de hoje estão atentos a jornada completa do cliente para fazer o melhor atendimento. Durante a pandemia, começamos a trabalhar as redes sociais de maneira muito inteligente. Alimentamos elas com conteúdos de moda e processos de Produção. Rede social dá acesso a todas as pessoas. É uma das nossas grandes ferramentas de comunicação", disse.
Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.