Cannes - Após o sucesso mundial de "O Artista" em 2011, o francês Michel Hazanavicius volta a competir nesta quarta-feira em Cannes, com um filme sobre a guerra na Chechênia e seus horrores.
"The search" se passa em 1999, durante a segunda guerra chechena, e começa com imagens de um soldado russo filmando seus colegas no que ele chama de "um país de merda, onde ninguém quer estar ou ver".
É exatamente para ver que Michel Hazanavicius convida o espectador, mostrando "uma das guerras mais violentas e sujas que tivemos nos anos mais recentes", e sobre a qual "poucas pessoas contaram", explicou nesta quarta em sua apresentação à imprensa.
"A Primeira Guerra Mundial teve 80% de mortes de militares e 20% de civis. Aqui estamos mais perto de 80% de mortes de civis", observou.
Mas "como representar no cinema a morte, o sofrimento, a crueldade? Como representar o insuportável?", questionou.
"Eu não pude oferecer aos espectadores um espetáculo insuportável, então a ideia era fazê-los sentir uma espécie de verdade sobre a guerra", explicou.
Ao invés de privilegiar a ação, o diretor optou por acompanhar os destinos de quatro personagens que o conflito fez com que se cruzassem.
Primeiro apresenta Hadji, menino de nove anos que vê seus pais sendo mortos e que foge de sua aldeia com seu irmão mais novo nos braços, pensando que não há outro sobrevivente em sua família.
Mas ainda há Raissa, sua irmã mais velha, que escapa do massacre. Ao encontrar a casa vazia, ela parte em busca de seus irmãos.
Enquanto isso, a milhares de quilômetros de distância, Kolya, um jovem russo de 20 anos, alista-se quase à força no Exército que irá gradualmente desumanizá-lo.
Já Carole, uma jovem responsável por uma missão da União Europeia, resolve adotar Hadji.
Hazanavicius retrata os conflitos entre civis e militares, homens e mulheres, crianças e adultos para manter o foco no ser humano.
Orçamento alto
Uma de suas inspirações foi o filme de Fred Zimmermann "The search", de 1948, que acontece na Alemanha derrotada e destruída.
"A criança, no original, deixa os campos de concentração. Eu reequilibrei essa história acrescentando um destino inverso, a desumanização de um soldado. E muito rapidamente quis trabalhar nesses itinerários cruzados", acrescentou o cineasta.
Sua câmera permanece muito próxima dos personagens mais comoventes, como o menino (Abdul-Khalim Mamatsuiev, checheno, que, literalmente, arrebatou a Croisette), ou o soldado Kolya (Maxim Emelianov), o burro de carga de sua unidade que, com o passar do tempo, torna-se um bárbaro.
Como em um documentário, o filme também abraça paisagens desoladas, em tons de cinza escuro. Os longos planos do êxodo sob as bombas também destaca a violência contra a população.
"Muitas vezes, em filmes de guerra, os ocidentais são aqueles que vêm para salvar os outros, têm um histórico limpo. Aqui o que se destaca são os civis", ressalta Berenice Bejo (Carole), que recebeu o prêmio de interpretação do festival no ano passado e divide a tela nesta produção com Annette Bening, na pele de uma integrante da Cruz Vermelha.
Hazanavicius fala de um "filme político", mas que considera "não tão partidário quanto possa parecer". Essa visão não foi compartilhada por alguns jornalistas, que vaiaram após a exibição para a imprensa, enquanto, outros, aplaudiram.
Michel Hazanavicius e Thomas Langmann, os dois co-produtores do filme, falaram sobre as dificuldades das filmagens na Geórgia, relacionadas com o tamanho do projeto, a logística, os muito atores que não eram profissionais, incluindo crianças, e as cinco línguas faladas (francês, inglês, checheno, russo e georgiano).
Com o sucesso de "O Artista", vencedor do Oscar em 2012, os dois não tiveram dificuldade para conseguir um orçamento ambicioso de 22 milhões de euros.
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1. Tapete vermelho
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São Paulo – O
Festival de Cannes começou do dia 14 de maio, na França, mas não são apenas os
filmes que têm chamado a atenção do público. Durante a mostra,
celebridades, como Blake Lively, Hilary Swank e Nicole Kidman, desfilaram com vestidos de cair o queixo, para
Oscar nenhum colocar defeito. Confira a seguir alguns dos grandes destaques da
moda do evento de
cinema que dura até dia 25 deste mês.
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2. Blake Lively
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A atriz Blake Lively está sendo uma das grandes referências da moda nesta edição do Festival de Cannes. Na estreia do filme "Captives" (imagem à esquerda), a artista apareceu com um elegante vestido tomara-que-caia preto e branco, feito pelo grife Gucci Première. A marca também foi a responsável pela confeção do modelo na cor vinho, que ela vestiu na abertura do evento, com o filme "Grace of Monaco".
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3. Hilary Swank
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Estrelando o filme "The Homesman", que concorre à Palma de Ouro em Cannes, a atriz Hilary Swankacertou em cheio na escolha do modelito para a première de sua produção. O vestido branco, justinho e de um ombro só foi feito pelo Atelier Versace
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4. Nicole Kidman
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Durante a cerimônia de abertura do festival e apresentação do filme "Grace of Monaco", Nicole Kidman se vestiu à altura do papel que desempenhou na produção, em que encarnou a princesa Grace kelly. A atriz compareceu ao evento com um vestido azul repleto de detalhes e bordados da grife Armani Privè.
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5. Naomi Watts
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Outra artista que chamou a atenção durante o Festival de Cannes foi Naomi Watts. Ela foi à première do filme "Como Treinar Seu Dragão 2" com um modelo Marchesa, feito de chiffon de seda azul e bordado de cristais de diamante. O vestido de cair o queixo fez com que, mesmo não participando do filme, Naomi fosse um dos destaques do tapete vermelho.
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6. Jessica Chastain
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A protagonista do filme "The Disappearance Of Eleanor Rigby" Jessica Chastain compareceu à estreia de seu trabalho com um belo vestido azul royal de um ombro só e fenda frontal. O brilho do visual ficou por conta dos brincos de diamantes que ela usou na ocasião.
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7. Cate Blanchett
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O visual adotado pela atriz Cate Blanchett na première do filme "Como Treinar Seu Dragão 2" pareceu brincar com o tema do longa-metragem. O look, elaborado pela grife Givenchy, trouxe uma blusa cuja textura lembra as escamas de um réptil. Nada mais apropriado para a estreia da animação, em que é responsável por dublar a personagem Valka.
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8. Taís Araújo, Grazi Massafera e Isabelli Fontana
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As brasileiras Taís Araújo (esq.), Grazi Massafera e Isabelli Fontana também estiveram presentes no Festival de Cannes e impressionaram com sua elegância e sensualidade. O vestido justo e decotado de Taís, todo bordado com canutilhos e paetês, é obra do estilista Sandro Barros. O modelo frente única azul marinho de Grazi traz detalhes em dourado e fenda lateral, e é criação de Pedro Lourenço. Já o visual de Isabelli é da grife Tufi Duek, que fez uma peça amarela, com uma grande fenda na perna. As três compareceram para assistir à première do filme "Saint Laurent".
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9. Carly Steel
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A atriz, apresentadora e produtora Carly Steel também compareceu à estreia de "Como Treinar Seu Dragão 2" e impressionou no tapete vermelho. O que poderia ser um simples vestido nude se tornou um modelo muito elegante com o decote elaborado e sensual na medida certa.
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10. Judit Masco
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A modelo e apresentadora espanhola Judit Masco escolheu bem o vestido para assistir à estreia do filme "The Homesman". Não teve como errar com o vestido tomara-que-caia clássico, na cor preta, conferindo ao traje a dose certa de elegância e beleza.
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11. Alexandra Rosenfeld
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A modelo e Miss França de 2006 Alexandra Rosenfeld também garantiu sua posição de destaque no tapete vermelho de Cannes 2014. Na première do filme "The Homesman", ela apareceu com um vestido bordado branco, com mangas três quartos, para compensar a "ousadia" do comprimento.
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