Casual

Hamilton apoia boicote a redes sociais como forma de protesto

Além de Hamilton, a Uefa disse que silenciará em suas plataformas a partir das 15h locais de hoje (30), assim como associações nacionais de tênis, rúgbi e ciclismo

Hamilton, que corre com a Mercedes e é o único piloto negro da F1, disse  que as redes sociais precisam fazer mais para combater as ofensas raciais. (Divulgação/Divulgação)

Hamilton, que corre com a Mercedes e é o único piloto negro da F1, disse que as redes sociais precisam fazer mais para combater as ofensas raciais. (Divulgação/Divulgação)

JS

Julia Storch

Publicado em 30 de abril de 2021 às 09h16.

Última atualização em 30 de abril de 2021 às 13h50.

Um boicote do mundo do esporte a redes sociais ganhou força nesta quinta-feira, quando o heptacampeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton se uniu a organismos esportivos para mostrar solidariedade com as ligas de futebol da Inglaterra.

Ganha pouco, mas gostaria de começar a guardar dinheiro e investir? Aprenda com a EXAME Academy

A Uefa, entidade que governa o futebol europeu, disse que participará do boicote deste final de semana, assim como associações nacionais de tênis, rúgbi e ciclismo.

Hamilton, que corre com a Mercedes e é o único piloto negro da F1, disse aos repórteres antes do Grande Prêmio de Portugal deste final de semana que as plataformas de redes sociais precisam fazer mais para combater as ofensas raciais.

"Apoio totalmente a iniciativa. Se eu também participar pressiona estas plataformas de maneira a ajudar a lutar contra isso, então com certeza fico feliz de fazê-lo", disse o britânico, que também já sofreu ofensas virtuais. "Existem algoritmos, existem coisas que elas são capazes de ver, elas são capazes de adotar medidas para ajudar a criar uma sociedade mais antirracista. É para isso que devemos pressionar."

Lando Norris, piloto da McLaren que é particularmente ativo nas redes sociais, disse que está debatendo a questão com sua equipe britânica.

A Uefa disse que silenciará em suas plataformas a partir das 15h locais de hoje (30).

O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, afirmou que é preciso agir após um crescimento de ofensas e demonstrações de ódio virtuais direcionadas a jogadores de futebol e pessoas ligadas ao esporte. "Tem havido ofensas tanto no campo quanto nas redes sociais. Isto é inaceitável e precisa ser detido, com a ajuda do público, de autoridades legislativas e dos gigantes das redes sociais", disse ele em um comunicado.

"Permitir que uma cultura de ódio cresça com impunidade é perigoso, muito perigoso, não somente para o futebol, mas para a sociedade como um todo. Já aguentamos demais estes covardes que se escondem atrás do anonimato para expelir suas ideologias nocivas".

Quais são as tendências entre as maiores empresas do Brasil e do mundo? Assine a EXAME e saiba mais.

A capitã da seleção feminina de rúgbi inglesa, Sarah Hunter, disse que, embora as redes sociais ajudem a aproximar os torcedores, ofensas, racismo e assédio virtuais não deveriam ser tolerados.

A campanha também recebeu apoio da liga de rúgbi, da liga de críquete e da Associação de Tênis de Grama inglesas, assim como das emissoras BT Sport, Sky Sports e talkSPORT.

O tabloide Sun disse que todas as suas contas de Twitter, inclusive de esportes e entretenimento, não terão postagens entre sexta e segunda-feira e que apoia todos os jornalistas que quiserem participar do boicote.

Acompanhe tudo sobre:EsportesPilotos de corridaProtestosRedes sociais

Mais de Casual

Os 5 melhores filmes e séries para maratonar no feriado

Chegou a hora de descobrir destinos turísticos no Brasil

8 restaurantes brasileiros estão na lista estendida dos melhores da América Latina; veja ranking

Novos cardápios, cartas de drinques e restaurantes para aproveitar o feriado em São Paulo