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Gustavo Filgueiras, CEO do Emiliano narra suas histórias no mar

Gustavo Filgueiras, CEO do Emiliano, passou parte da infância na costa brasileira em embarcações com o pai

Gustavo Filgueiras: de simples passeios  a lazer a competições oceânicas de pesca (Marcio Mercante/Exame)

Gustavo Filgueiras: de simples passeios a lazer a competições oceânicas de pesca (Marcio Mercante/Exame)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 3 de junho de 2024 às 08h00.

Última atualização em 23 de agosto de 2024 às 16h44.

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Para Gustavo Filgueiras, CEO do Emiliano, a rotina de trabalho dos hotéis poderia durar 24 horas por dia. Em meio a uma agenda atribulada, o executivo concilia o comando das duas unidades, em São Paulo e no Rio de Janeiro, com seus 100 quilômetros de bicicleta na semana e os fins de semana em seu barco, de preferência em alto-mar, nas águas de Paraty.

A relação de Gustavo com o mar surgiu por meio de seu pai, Carlos Alberto Filgueiras, que costumava navegar, mergulhar e pescar em apneia.

Em 1976, ano em que Gustavo nasceu, Carlos, fundador da rede Emiliano, comprou um terreno no hoje incensado Condomínio Laranjeiras, em Paraty. As férias e os fins de semana de Gustavo e seus três irmãos eram no mar, mergulhando e velejando no barco do pai, que ficava atracado em frente ao terreno.

“Olhando para trás, os barcos grandes eram pequenos. Um barco de 32 pés era considerado de tamanho médio, e a gente ficava hospedado lá, na frente do terreno, em um hotelzinho no condomínio. Meu pai saía para mergulhar com os amigos e nós, os pequenos, ficávamos nadando de máscara ao lado, procurando peixes”, lembra.

Santos, Queimada Grande e Alcatraz, local onde na época se podia mergulhar, também eram destinos da família. “Em 1989, meu pai comprou outro barco. Eu amava tudo nesse barco, saía com ele para mergulhar, pescar.” Mais tarde, Gustavo começou a participar de competições de pesca oceânica organizadas no condomínio por uma marca de embarcações.

Esse tipo de pesca acontece entre 20 e 30 milhas da costa, quase sempre de setembro a novembro, quando a corrente de água quente chega à costa. Segundo Gustavo, esses meses são os melhores para essa modalidade de pescaria.

“Cada morador pegava seu barco e saía para pescar. Na primeira edição compramos equipamentos para pesca oceânica, mas não tínhamos conhecimento suficiente”, lembra. “Eu já tinha pescado na costa, mas há muitas particularidades nessa modalidade. Não sei se demos sorte, mas pegamos muitos peixes e ganhamos o campeonato.”

Um dos segredos da vitória se deve às dicas que Gustavo recebeu na noite anterior à competição. Ao avistar marinheiros mais experientes na marina, comprou hambúrgueres e batata frita para todos em troca de orientações. “Aprendemos qual é a melhor forma de colocar a isca, como amarrar, puxar o peixe. Às vezes no barco todo mundo ficava dando palpite, ninguém sabia exatamente o que fazer. Mesmo assim, ganhamos.”

Eventualmente, viagens dedicadas ao mar são incluí­das no roteiro da família. No ano passado, Filgueiras alugou um barco para navegar pelo Mar Mediterrâneo, e em breve partirão para a Amazônia para ver o encontro dos Rios Amazonas e Tapajós.

Isso quando, claro, o trabalho permite. A primeira unidade do Emiliano foi inaugurada em junho de 2001, na Rua Oscar Freire, em São Paulo. As 56 acomodações variam de 42 a 135 metros quadrados. Quinze anos mais tarde, Carlos, o pai de Gustavo, inaugurou a segunda unidade, na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Desde 2005 Gustavo é CEO dos hotéis cinco estrelas. No ano passado eles fundaram o v3rso, um tech butique hotel do Grupo Emiliano, de alto padrão, mas com tarifas até 60% mais baratas. “Assim como quem deseja alugar um carro das 11 às 16 horas, no v3rso a premissa é a mesma. Em hotéis, as pessoas preferem entrar logo cedo e sair mais tarde, mas no v3rso os valores variam de acordo com os horários de entrada e saída”, diz Filgueiras.

Atualmente, nos momentos de descanso do atribulado expediente, Filgueiras utiliza um Flexboat 760 batizado de J Charles, barco que foi de seu pai, para navegar. O nome é uma homenagem à avó de Filgueiras. “Ela se chamava Juscelina, mas não sei por que ‘Charles’, que era um apelido.” Para os planos futuros, o hoteleiro deseja ter seu próprio barco “para poder viver minhas aventuras mundo afora”.

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