Turismo na Amazônia atrai visitantes de todos os cantos do mundo (Andre Pinto/Getty Images)
Publicado em 24 de março de 2025 às 17h33.
A Amazônia, maior floresta tropical do planeta, é um destino que desperta fascínio por sua biodiversidade e riqueza cultural. Situada no norte do Brasil, o local atrai tanto turistas nacionais quanto estrangeiros que desejam conhecer a sua fauna e flora e explorar os pontos turísticos do local.
Quem deseja viajar até lá, deve levar em consideração que existem duas estações bem definidas: a cheia, de dezembro a maio, e a seca, de junho a novembro. Durante a estação cheia, os rios transbordam, permitindo a navegação por igapós e igarapés, oferecendo uma perspectiva única da floresta alagada. Já na estação seca, surgem praias fluviais e as trilhas tornam-se mais acessíveis.
A alta temporada ocorre entre junho e agosto, quando há menor incidência de chuvas e temperaturas mais amenas, variando entre 23°C e 30°C. A baixa temporada vai de dezembro a maio, período de maior pluviosidade e menor fluxo turístico.
Independentemente da escolha, é possível aproveitar o local em todas as épocas, mas para fazer uma viagem bem estruturada, é preciso se preparar com antecedência. Veja algumas dicas e entenda como se programar para o passeio.
Existem várias atrações interessantes para conhecer na região Amazônica. Conheça as principais:
Símbolo do ciclo da borracha, o Teatro Amazonas é um dos edifícios mais emblemáticos do Brasil. Inaugurado em 1896 no centro histórico de Manaus, o teatro oferece visitas guiadas por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
Recomenda-se ir durante a semana, quando o movimento é menor, permitindo uma experiência mais tranquila para explorar os detalhes da arquitetura neoclássica e dos interiores restaurados.
Este fenômeno natural ocorre nos arredores de Manaus, onde as águas escuras do rio Negro e barrentas do rio Solimões correm lado a lado por quase seis quilômetros sem se misturar, devido à diferença de temperatura, densidade e velocidade.
O passeio é feito em embarcações regionais, com duração média de 3 a 4 horas, e custa entre R$ 100 e R$ 180 por pessoa, incluindo paradas em comunidades ribeirinhas e flutuantes.
As manhãs são ideais para observação, quando o sol reflete melhor sobre o contraste das águas.
Localizado a cerca de 180 km de Manaus, o Anavilhanas é o segundo maior arquipélago fluvial do mundo, com mais de 400 ilhas.
O acesso se dá via barco ou estrada. A entrada no parque é gratuita, mas os passeios oferecidos por agências locais custam a partir de R$ 250 por dia e incluem trilhas, observação de botos, pesca artesanal e visita a comunidades.
A época ideal para visita é durante a cheia (março a julho), quando é possível navegar entre as árvores submersas.
Conhecida como a “terra das cachoeiras”, fica a 107 km de Manaus e é acessível por estrada asfaltada. O município oferece mais de 100 cachoeiras, cavernas e trilhas em reservas ecológicas.
Algumas atrações, como a Cachoeira de Iracema e a Cachoeira da Neblina, são pagas (entre R$ 10 e R$ 20 por entrada), enquanto outras são gratuitas e acessíveis por trilhas. Para evitar aglomerações, o melhor é visitar durante a semana.
Diversas agências organizam visitas a comunidades tradicionais, como a Dessana-Tukana e a Tatuyo, nos arredores de Manaus. Os pacotes custam entre R$ 200 e R$ 350, com transporte, guia e almoço regional inclusos.
É uma oportunidade de conhecer culturas ancestrais, artesanato, rituais e danças típicas. A experiência é enriquecida quando feita com guias credenciados, que promovem o turismo de base comunitária.
Instalado dentro da Reserva Florestal Adolpho Ducke, em Manaus, o MUSA promove educação ambiental com trilhas interpretativas, aquários, viveiros e uma torre de observação de 42 metros com vista panorâmica da floresta.
O ingresso custa R$ 30 (inteira). O museu funciona todos os dias, das 8h30 às 17h. As manhãs e o fim da tarde são os melhores horários para visitar, devido à menor temperatura e maior chance de avistar animais.
O valor final da viagem irá depender do tipo de turismo feito por cada pessoa — há opções para os mais simples até o mais luxuoso — e a quantidade de dias do passeio. Ainda assim, é possível fazer uma estimativa considerando a estadia de uma semana:
Hospedagem: Opções variam desde hostels a hotéis de selva. Uma hospedagem econômica em Manaus pode custar cerca de R$ 100 por noite, totalizando R$ 700 para sete dias. Já lodges na selva oferecem pacotes que podem variar de R$ 1.500 a R$ 5.000 por pessoa.
Alimentação: Refeições em restaurantes locais custam entre R$ 20 e R$ 50. Considerando três refeições diárias, o gasto médio seria de R$ 1.050 em uma semana.
Passeios: Dependendo das atividades escolhidas, os custos podem variar. Estimando uma média de R$ 200 por dia em passeios, o total seria de R$ 1.400.
Compras: Lembranças e artesanatos podem custar entre R$ 200 e R$ 500, dependendo das escolhas do viajante.
Assim, uma viagem de sete dias pode variar entre R$ 3.350 e R$ 8.650, dependendo das escolhas de hospedagem e atividades.
Outro gasto que deve ser considerado e que encarece bastante a viagem, é o transporte. Os preços das passagens de ida e volta variam entre R$ 800 e R$ 1.500, dependendo da antecedência da compra e da época do ano. Quem mora em cidades próximas pode optar por ônibus de viagem.
Para não enfrentar problemas durante a viagem, é indicado prestar atenção a algumas dicas e restrições. Veja:
Vacinas obrigatórias: É recomendada a vacina contra a febre amarela, tomada pelo menos 10 dias antes da viagem;
Repelente: Indispensável devido à presença de insetos na região;
Roupas: Opte por roupas leves, de cores claras e de manga longa para proteção contra insetos e sol;
Calçados: Leve calçados confortáveis e apropriados para trilhas e caminhadas na selva;
Hidratação: Mantenha-se sempre hidratado devido ao clima quente e úmido.
Conhecer as particularidades de uma viagem à Amazônia é essencial para garantir uma experiência segura e enriquecedora. Preparar-se adequadamente permite ao viajante aproveitar ao máximo as belezas naturais e culturais da região, contribuindo para o turismo sustentável e valorizando as comunidades locais.