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Goleiro vence doença grave para virar sensação na Copa

Americano, que vive com a síndrome de Tourette, é um dos destaques de seu país

Tim Howard, goleiro titular da seleção dos Estados Unidos na Copa de 2014 (Getty Images)

Tim Howard, goleiro titular da seleção dos Estados Unidos na Copa de 2014 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2014 às 14h52.

São Paulo — Uma doença que causa contrações musculares involuntárias, inclusive nos membros superiores, e espasmos nos olhos, atrapalhando a visão, certamente inviabilizaria a carreira de um goleiro. Afinal, no futebol, ninguém precisa de mãos tão firmes e visão tão atenta quanto o goleiro, certo?

Errado. E basta dar uma olhadinha na carreira de um dos destaques da selação dos Estados Unidos — bem-sucedida até aqui na Copa do Mundo.

Tim Howard, 35, goleiro titular, foi diagnosticado aos 11 anos com a sindrome de Tourette, uma doença que causa os sintomas descritos acima, além de fazer com que o paciente, em casos raros, fale palavrões também involuntariamente.

“Durante os treinamentos e os jogos, tenho fortes espasmos nos braços, pescoço ou olhos. Geralmente é bem repentino”, disse o goleiro à revista alemã Der Spiegel.

Mas e se a bola estiver vindo na sua direção, pergunta a revista. “Aí eu estou totalmente ali. Assim que as coisas ficam sérias em frente ao gol, eu não tenho mais espasmos; meus músculos me obedecem. Nem os médicos conseguem me explicar”, disse. O goleiro garante que nunca perdeu uma bola por causa dos tiques.

Howard afirma à Spiegel que não usou remédios e acabou aprendendo a controlar os sintomas durante a adolescência. “Minha maior conquista foi não deixar a doença me restringir”, afirma.

E ele tem razão. Aos 17, o goleiro já jogava pelas categorias de base da seleção americana. Aos 24, foi contratado pelo Manchester United, time de peso da liga Inglesa, uma das mais disputadas e de mais alto nível do mundo.

Hoje goleiro titular do Everton, também da Inglaterra, Howard é o goleiro da seleção que está finalmente despertando o interesse dos americanos pelo “soccer”, fazendo com que audiência dos jogos chegue a números quase iguais aos da NBA e do baseball.

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