Um dos gols de Alcides Ghiggia na vitória de 2 a 1 do Uruguai sobre o Brasil em 1950 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 13h56.
Costa do Sauipe - Carrasco do Brasil na Copa do Mundo de 1950, Alcides Ghiggia revela esperar uma nova final entre a seleção da casa e o seu Uruguai em 2014, o que seria uma espécie de tira-teima entre as duas equipes.
O ex-jogador, convidado para o sorteio dos grupos da Copa representando um dos oito campeões mundiais da história, reconhece, no entanto, que a Celeste atual terá muitas dificuldades para chegar à decisão. "Apesar do respeito que tenho por todas as seleções, eu adoraria uma nova final para ver o que vai acontecer, seria algo maravilhoso", disse.
Simpático, mas caminhando com dificuldade ainda por conta das sequelas de um acidente de trânsito sofrido no ano passado, o ex-atleta de 86 anos demonstrou alguma surpresa ao ser informado de que o técnico Luiz Felipe Scolari já garantiu que o Brasil será campeão mundial em 2014. "Eu tenho a impressão que Felipão tem uma boa seleção em mãos, que está bem preparada. Mas para ganhar uma Copa também é preciso ter sorte."
Gigghia diz se sentir muito bem no Brasil e feliz sempre que vem ao País. "Para mim, o Brasil é como a segunda casa. O povo me respeita muito, apesar do sucedido (em 1950). Então tenho muito prazer de estar aqui." Segundo suas palavras, "o que de mais lindo existe no futebol é o carinho e o respeito das pessoas pelos jogadores".
"Aqui, apesar da derrota, eu sinto esse carinho. Eu tenho muito orgulho de ser uruguaio, mas respeito o Brasil. É um país muito alegre e somos recebidos com muito carinho. Para mim, é o mais importante."
O carrasco disse ainda que, no futebol, um dia se perde e no outro se ganha. "É assim mesmo. Naquele dia (16 de julho de 1950), o Brasil ficou triste, mas depois se refez e ganhou cinco copas."