Wilder: ele havia optado por manter o Alzheimer em segredo para que as crianças que o conheciam como Willy Wonka não vinculassem o personagem com uma doença (Lucas Jackson / Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2016 às 17h55.
Gene Wilder, cujos cabelos cacheados e os sobressaltados olhos azuis deram um ar inquieto e duradouro a papéis em “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e “Banzé do Oeste”, morreu nesta segunda-feira aos 83 anos, disse a sua família.
Wilder, cujos melhores trabalhos se deram em colaborações com o diretor e escritor Mel Brooks e com o ator Richard Pryor, morreu na sua casa em Stamford, em Connecticut, de complicações do mal de Alzheimer, declarou um comunicado da família.
Jordan Walker-Pearlman, sobrinho do ator, afirmou que Wilder havia optado por manter o Alzheimer em segredo para que as crianças que o conheciam como Willy Wonka não vinculassem o personagem lúdico com uma doença de adultos.
A histeria dificilmente contida de Wilder o fez uma escolha regular do diretor e escritor Mel Brooks, que o escalou para “Banzé do Oeste”, “O Jovem Frankstein” e “Primavera para Hitler” nas décadas de 1960 e 70.
Além das colaborações clássicas com Brooks, Wilder fez uma parceria memorável com o comediante Richard Pryor nos sucessos “O Expresso de Chicago” e “Loucos de Dar Nó”.
Wilder passou a lutar pela conscientização sobre o câncer de ovário e em prol do tratamento da doença depois que a sua mulher, a comediante Gilda Radner, de “Saturday Night Live”, com quem ele casou em 1984, morreu de câncer em 1989.
Ele ajudou a fundar o Centro de Identificação de Câncer de Ovário Gilda Radner em Los Angeles e foi um dos fundadores do Clube da Gilda, um grupo de apoio que tem seções em todo o país.
Brooks falou sobre a morte de Wilder no Twitter: "Gene Wilder, um dos verdadeiramente grandes talentos do nosso tempo. Ele abençoou todos os filmes que fizemos com sua magia e ele me abençoou com a sua amizade."
Texto atualizado às 17h53