Casual

Gelado ou em temperatura ambiente? Saiba a temperatura ideal para cada estilo de vinho

Quanto mais fria for a temperatura da bebida, maior será a sensação de frescor, amargor e percepção de taninos e, em contrapartida, menor será a sensação de calor proporcionada pelo álcool

Estações mais quentes, como a primavera e o verão, pedem vinhos refrescantes e mais leves. (Giovanni Magdalinos/Getty Images)

Estações mais quentes, como a primavera e o verão, pedem vinhos refrescantes e mais leves. (Giovanni Magdalinos/Getty Images)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 5 de agosto de 2023 às 10h00.

Estações mais quentes, como a primavera e o verão, pedem vinhos refrescantes e mais leves. Já nos dias frios, típicos no outono e no inverno, a tendência é os rótulos tintos fazerem mais sucesso. Em geral, essas escolhas são feitas intuitivamente e o que define o tipo de vinho que será aberto e consumido é o paladar de cada pessoa.

Marina Bufarah de Souza, sommelière da Wine, clube de assinatura de vinhos, observa que a temperatura certa influencia a degustação dos vinhos.

“Quanto mais fria for a temperatura da bebida, maior será a sensação de frescor, amargor e percepção de taninos e, em contrapartida, menor será a sensação de calor proporcionada pelo álcool. Portanto, é importante ter cuidado, pois gelar muito um vinho pode anular a percepção de seus aromas e sabores, deixando-o sem graça, em vez de proporcionar diferentes sensações referentes às variadas nuances da bebida”, alerta a sommelière.

Confira a seguir as temperaturas médias recomendadas para a degustação de cada estilo de vinho.

Consuma em temperaturas mais baixas

Para quem prefere vinhos que refrescam o paladar, a dica é apreciar espumantes servidos numa temperatura média de 6°C. Se a escolha for por rótulos brancos e rosés leves, as temperaturas podem variar de 8°C a 10°C. Porém, para brancos e rosés mais estruturados, com algum amadurecimento em barricas de carvalho, vale reduzir resfriamento e consumi-los entre 10°C e 12°C.

É importante considerar que, ao ser colocado na taça, o vinho sofre um pequeno choque térmico e começa a perder temperatura, por isso, vale manter as garrafas em balde com água e gelo, durante o momento de degustação.

Aprecie após alguns minutos na geladeira

Quando o assunto é o vinho tinto, há um mito popular de que a bebida deve ser servida em temperatura ambiente. “Geralmente é levada em consideração a temperatura europeia, que costuma ser mais fresca do que a do Brasil, que é em média na casa dos 24°C, uma temperatura alta para o consumo de vinhos tintos”, observa Marina.

Com isso, no caso de tintos mais leves, frescos e frutados, a temperatura ideal para consumo pode variar entre 14° C e 16°C.

Já no caso de bebidas mais encorpadas, a recomendação é que sejam servidos entre 16°C e 18°C. Se forem consumidos em maiores temperaturas, o álcool ficará mais evidente, o que pode desequilibrar os sabor e os aromas da bebida, causando incômodo ao paladar.

Na dúvida, para os tintos, a sugestão é deixá-los descansar entre 15 e 30 minutos na geladeira, para que recebam um breve resfriamento. Para os consumidores que dispõem de uma adega refrigerada ou climatizada, a dica é mantê-los em torno de 14°C.

Por fim, cabe destacar que os vinhos fortificados, normalmente servidos no fim das refeições, como colheita tardia, podem ser degustados a 8°C. Se a alternativa for um vinho do porto, a sugestão é conservá-los a 12°C na geladeira.

Seja qual for a estação ou o clima do seu dia, vale a pena tomar cuidado para garantir que os vinhos sejam apreciados da maneira indicada, para que possam proporcionar uma experiência prazerosa e completa, despertando todos os sentidos.

Acompanhe tudo sobre:Vinhosbebidas-alcoolicas

Mais de Casual

8 endereços em São Paulo para provar o menu executivo completo por menos de R$ 100

Soho House para não membros; saiba como acessar o clube fechado para criativos

Os 42 melhores vinhos brasileiros premiados em concurso internacional realizado em São Paulo

CEO da NEOM, cidade futurista da Arábia Saudita, renuncia após seis anos