Friends: protagonistas fizeram menção aos 25 anos da série em suas redes sociais nesta semana (PAUL DRINKWATER/NBC/NBCU PHOTO BANK/Getty Images)
EFE
Publicado em 22 de setembro de 2019 às 11h24.
Última atualização em 23 de setembro de 2019 às 06h24.
Los Angeles -- Há 25 anos, as televisões dos Estados Unidos transmitiram pela primeira vez "Friends", a comédia sobre um grupo de amigos em Nova York que marcou uma geração. A série acabou vendo incluído nos guias turísticos da cidade o edifício onde moravam os protagonistas e segue arrecadando milhões com um sucesso que parece inabalável.
Foi na noite de 22 de setembro de 1994 que a rede de televisão "NBC" abriu as portas do Central Perk, uma das cafeterias mais celebradas na cultura popular e onde os seis amigos, Rachel, Monica, Phoebe, Joey, Chandler e Ross, tentavam sobreviver em uma Nova York frenética com a cumplicidade de milhões de espectadores no mundo todo.
Durante a primeira temporada, as aventuras e desventuras das seis personagens conquistaram mais de 24 milhões de telespectadores nos EUA, que permaneceram presos às histórias de "Friends" por uma década. A série se despediu em 2004, diante de 52 milhões de pessoas, depois de 236 episódios.
Mas, após seus dez anos de transmissão, com um sucesso ininterrupto, a popularidade da série parece não ter fim. O que parecia uma obra de épocas passadas, para nostálgicos de outra geração, teve seu público renovado com a revolução das plataformas de streaming e sua infinita oferta.
Desde sua chegada a Netflix, "Friends" se transformou em uma das joias do catálogo da gigante do entretenimento, capaz de competir com novas ficções cheias de estrelas consolidadas, grandes orçamentos e ambiciosas campanhas promocionais.
Tão valiosa que sua produtora original, a Warner, não hesitou em desembolsar mais de US$ 400 milhões (R$ 1,66 bilhão) para recuperar "Friends" e integrá-la como uma das estrelas de seu futuro serviço de conteúdos, que estará disponível a partir do próximo ano.
Assim, a série da década de 90 tornou-se na principal atração do entretenimento mundial, às vésperas de 2020.
Seria uma tarefa quase impossível encontrar uma escala que medisse a influência da ficção na cultura popular, mas os dezenas de turistas que se reúnem dia após dia, no bairro boêmio de Greenwich Village, em Nova York, diante do edifício de apartamentos que simulava ser a casa de alguns dos protagonistas de "Friends", dá uma dica de quão profunda é sua marca.
Existem vários guias turísticos na Big Apple que incluem esse complexo de edifícios entre os destaques de sua rota, e nem Monica, Rachel e Joey andaram realmente por ali.
O edifício fazia parte da atmosfera nova-iorquina da série, filmada nos sets de Los Angeles. Na cidade, a nostalgia levou os estúdios da Warner a manter a decoração da cafeteria Central Perk, o ponto de encontro dos carismáticos amigos.
O logotipo do estabelecimento impresso nos vidros, seu toldo listrado e o mítico sofá laranja tornaram-se uma parada obrigatória para centenas de pessoas que chegam a Hollywood para reviver suas histórias favoritas, mas também ícones capazes de romper fronteiras e percorrer o planeta.
Para comemorar o aniversário da série, o sofá laranja viajará pelo mundo, do Grand Canyon à Torre Eiffel ou Stonehenge (incluindo em passagem pelo Brasil) -- embora em alguns lugares não desperte tanto interesse, pois metrópoles como Pequim e Xangai já têm suas réplicas do Central Perk abertas ao público.
Além de cenários, cafés e sofás, milhões de nostálgicos ao redor do mundo também não esquecem, 25 anos depois, o estilo de Phoebe ao correr, o corte de cabelo de Rachel, a troca de apartamentos entre Chandler e Joey com Monica e Rachel, o misterioso "homem nu", as participações de Brad Pitt e Julia Roberts ou as tentativas de Joey de ter sucesso como ator.
No entanto, nem todos os atores de "Friends" mantiveram seu sucesso em outros trabalhos, com exceção de Jennifer Aniston.
Mesmo assim, os seis protagonistas mantêm sua amizade e, embora descartem uma nova reunião, celebraram o aniversário de "Friends" com publicações nas redes sociais -- algo que, à época da gravação, os seis amigos ainda não conheciam.