Jaguar: Fórmula E transfere tecnologia para carros de rua. (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 16 de março de 2024 às 06h05.
A Fórmula 1 serve como um campo de testes para os veículos de rua, assim como as tecnologias da NASA são adaptadas para uso em aeronaves comerciais. No contexto dos carros elétricos, a Fórmula E desempenha um papel crucial ao testar inovações que logo estarão presentes nos veículos de uso cotidiano.
Um exemplo notável desse processo é a melhoria na autonomia das baterias. A capacidade de percorrer longas distâncias em veículos elétricos, como os que atualmente alcançam os 400 quilômetros, é resultado direto das inovações testadas por pilotos na Fórmula E. James Barclay, diretor da Jaguar TCS Racing, enfatiza o compromisso da equipe em desenvolver componentes e tecnologias que serão posteriormente implementados nos carros produzidos pela Jaguar.
Um fator crucial para os pilotos da Fórmula E é garantir uma carga suficiente para cumprir a prova e ao mesmo tempo garantir boas arrancadas nas retas. "Uma estatística que trabalhei com a equipe é que durante os 40 ou 45 minutos de corrida, usamos o equivalente a 3,8 litros de combustível", diz Barclay.
Neste momento a equipe está em 5 litros e o objetivo é continuar a redução até chegar ao objetivo. Outra tecnologia em desenvolvimento é melhorar questões de regeneração da bateria e garantir mais autonomia aos carros.
E essa meta da Jaguar TCS Racing impacta diretamente a para de desenvolvimento dos carros de passeio da JLR. James Barclay conta que o trabalho entre os dois times de engenharia é muito estreito e que a transferência de tecnologia é quase imediata. "O nosso desenvolvimento leva cerca de dois anos para colocar uma nova tecnologia em um carro de corrida, mas em alguns casos isso se tornou mais rápido", explica.
Neste sábado, 16, São Paulo recebe a quarta etapa do Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E. Este é o primeiro campeonato mundial elétrico da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Ainda há ingressos disponíveis que custam a partir de R$ 300.
O circuito de rua paulista, com apenas 11 curvas e três retas, apresenta a mais longa da temporada, com 750 metros, proporcionando aos espectadores nas arquibancadas um espetáculo de ultrapassagens. Pilotos como Mitch Evans, da Jaguar TCS Racing, consideram o E-Prix como um dos melhores do calendário.
"No ano passado, tivemos uma das etapas mais atrativas do automobilismo, com mais de 110 ultrapassagens na pista e a maior reta do campeonato. Quem veio ao Sambódromo pode desfrutar de um grande evento", diz o cofundador da Fórmula E, Alberto Longo.