Fórmula 1: categoria cancelou ou adiou as dez primeiras etapas de 2020 (Vincent Kessler/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2020 às 09h41.
A organização da Fórmula 1 anunciou nesta segunda-feira (27) que a abertura da temporada 2020 está marcada para o dia 5 de julho, no Red Bull Ring, na Áustria, mas será com os portões fechados. Isto é, sem a presença de público.
Originalmente, a corrida austríaca seria apenas a 11ª do campeonato, mas as dez provas anteriores - incluindo o tradicional GP de Mônaco - foram adiadas ou canceladas por causa da pandemia do novo coronavírus.
Ainda não há um calendário oficial para a temporada 2020, mas a organização da Fórmula 1 espera realizar de 15 a 18 provas em 2020, parte delas com os portões fechados.
"Apesar de termos anunciado nesta manhã que o GP da França, que seria realizado no começo de junho, foi cancelado, nós estamos cada vez mais confiantes com nosso plano de começar a temporada durante o verão europeu", disse Chase Carey, CEO da Fórmula 1. "Nossa meta é começar correndo na Europa, em julho, agosto e setembro, com a primeira etapa acontecendo de 3 a 5 de julho, na Áustria", acrescentou.
Até agora, a Liberty Media, empresa dona do campeonato, disse que o calendário será dividido em quatro partes. A primeira é entre julho e setembro, quando acontecerão todas as provas na Europa, durante o verão no hemisfério norte. Depois, as corridas serão marcadas para a Eurasia (as provas em solo asiático, como China e Japão, além de Rússia e Azerbaijão). Em seguida, Canadá, México, Brasil e Estados Unidos terão suas provas reagendadas entre outubro e novembro. Por fim, em dezembro, Abu Dhabi e Bahrein fecham o calendário.
A F1 foi bastante criticada no começo de março por tentar realizar sua etapa de abertura, na Austrália, em um momento que o novo coronavírus começava a paralisar as atividades em todo o mundo.
Pilotos e equipes chegaram a viajar para Melbourne, mas a corrida só não aconteceu porque integrantes da equipe McLaren foram diagnosticados com a covid-19.
Desde então, as provas foram paralisadas, e estrelas do campeonato, como Max Verstappen, da Red Bull, e Charles Leclerc, da Ferrari, têm passado o tempo participando de corridas em games e simuladores e as transmitido ao vivo para seus fãs e seguidores pela internet.
Por causa da pandemia do novo coronavírus e das incertezas do calendário, a organização do GP do Brasil, originalmente marcado para novembro, ainda não anunciou a venda de ingressos para a prova deste ano.