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Final de Libertadores acontecerá em 8 ou 9 de dezembro fora da Argentina

No sábado, 24, torcedores do River Plate utilizaram pedras e gases para agredir o ônibus do Boca na chegada ao estádio Monumental de Núñez, adiando partida

Torcedores do Boca Juniors: Conmebol abriu um processo disciplinar contra o River Plate pelos incidentes (Getty Images/Richard Heathcote/Getty Images)

Torcedores do Boca Juniors: Conmebol abriu um processo disciplinar contra o River Plate pelos incidentes (Getty Images/Richard Heathcote/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 16h31.

A suspensa final da Copa Libertadores entre Boca Juniors e River Plate será disputada entre 8 e 9 de dezembro em sede a definir fora da Argentina, decidiu nesta terça-feira a Conmebol, que esclareceu que a partida segue sujeita à decisão da Comissão Disciplinar da entidade.

"Tomamos a decisão que a partida será jogada no sábado dia 8 ou no domingo dia 9 de dezembro fora do território argentino", informou em pronunciamento à imprensa o presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez.

Em comunicado, a Conmebol acrescentou que a sede da decisão será definida "o mais cedo possível", apesar de esclarecer que a organização do jogo fica sujeita à decisão da Comissão Disciplinar.

Além disso, a entidade informou que vai assumir "os gastos de viagem, hospedagem, alimentação e translado interno de até 40 pessoas por delegação"

À espera do Tribunal

No sábado, torcedores do River Plate utilizaram pedras e gases para agredir o ônibus do Boca na chegada ao estádio Monumental de Núñez. Vários jogadores, entre eles o capitão Pablo Pérez, ficaram machucados por conta dos cacos da janela quebrada e dos artefatos que entraram no ônibus.

Os incidentes fizeram a Conmebol atrasar o horário previsto duas vezes para tentar realizar a partida, esperando uma recuperação dos jogadores do Boca. Após horas de suspense e confusão, a confederação sul-americana decidiu adiar a partida para domingo, o que não se realizou.

O Boca apresentou um pedido ao tribunal solicitando que a final seja proclamada por vencida para a equipe 'xeneize', usando-se do artigo 18 do Regulamento Disciplinar de Competições da Conmebol.

Entre as mais importantes punições previstas neste artigo estão dedução de pontos, determinação do resultado de um jogo, obrigação de jogar uma partida a portas fechadas e a desqualificação de competições em curso e/ou de futuras competições.

Na segunda-feira, o presidente do River Rodolfo D'Onofrio acusou o homólogo do Boca Juniors de trair sua palavra por ter recorrido ao tribunal, depois de ambos assinarem uma ata se comprometendo a jogar a partida posteriormente.

Em sua apresentação à Conmebol, o Boca Juniors se baseia nos antecedentes de 2015, quando foi desqualificado das oitavas de final da Libertadores após seus torcedores agredirem os jogadores do River na Bombonera com gás de pimenta.

Também na segunda-feira à noite, a Unidade Disciplinar da Conmebol abriu um processo disciplinar contra o River pelos incidentes. O time foi notificado e tem prazo de 24 horas para formular suas alegações e apresentar as provas em sua defesa.

Chuva de candidatos

A violência que impediu a partida de ser realizada no Monumental custou o cargo do secretário de Segurança da capital argentina, Martín Ocampo, que renunciou na segunda-feira após a repercussão dos incidentes. Ocampo será substituído pelo vice-prefeito, Diego Santilli.

Pouco antes do início do encontro entre os dirigentes nesta terça-feira em Assunção, o estádio Mineirão em Belo Horizonte se ofereceu para sediar a partida decisiva da Libertadores.

A cidade de Gênova na Itália também se ofereceu para organizar a partida, na segunda-feira, alegando que a origem dos dois clubes teve a presença de imigrantes do país, principalmente genoveses.

Também estuda-se a possibilidade de Assunção sediar o confronto.

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