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Final da temporada da "bolha" da NBA começa a ser disputada hoje

O primeiro confronto previsto entre o Los Angeles Lakers, de LeBron James, e o Miami Heat, a antiga casa dele, ocorre às 21h, no horário da Flórida (EUA)

LeBron James, a estrela do Los Angeles Lakers, na rodada dos playoff do ano passado (NBA/Divulgação)

LeBron James, a estrela do Los Angeles Lakers, na rodada dos playoff do ano passado (NBA/Divulgação)

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Daniel Salles

Publicado em 30 de setembro de 2020 às 06h00.

O Los Angeles Lakers vai conseguir driblar a sufocante defesa do Miami Heat? LeBron James, a estrela do primeiro time, vai conseguir dar tudo de si tendo como adversário o grupo com o qual venceu os campeonatos de 2012 e 2013? Jimmy Butler, uma das maiores armas do Heat, estará à altura de James (no sentido figurado, claro, já que ambos têm mais de 2 metros)?

São perguntas que tornam ainda mais eletrizante a primeira das quatro partidas previstas para a final da temporada 2019-2020 da NBA. Transmitida pela ESPN, está marcada para hoje, às 21 horas, no horário da Flórida (ou às 22h daqui). Os demais jogos estão agendados para os dias 2, 4 e 6 de outubro (dependendo dos resultados, outros dois podem ocorrer nos dias 9 e 11).

É o início do capítulo final da temporada mais estranha da modalidade. Iniciada no dia 22 de outubro do ano passado, ela sofreu o primeiro baque com a desastrosa morte de Kobe Bryant, ídolo do Lakers, e sua filha, Gianna, de 13 anos, no final de janeiro. Suspensos no dia 11 de março por motivos óbvios, os jogos só puderam ser retomados 141 dias depois — se não houvesse covid-19, tudo teria acabado no longínquo 15 de abril.

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Protesto da liga em prol do movimento Black Lives Matter (Kevin C. Cox/Getty Images/AFP)

A bola voltou a quicar como antes, mas a rotina dos atletas mudou drasticamente. Para que o novo coronavírus não entrasse em quadra, a NBA transformou o complexo da Disney, em Orlando, na Flórida, em uma “bolha”, para isolar as equipes. Tirando uma exceção ou outra, como emergências familiares, tanto atletas quanto membros das comissões técnicas não podem deixar o perímetro definido pela liga esportiva.

Três resorts próximos, Gran Destino, Grand Floridian e Yatch Club, foram definidos como locais de hospedagem, e poucos familiares e amigos só puderam se juntar depois de um período de isolamento e após a primeira rodada dos playoff. O público, claro, foi limado. Criou-se a figura do torcedor virtual, que paga para aparecer nos telões que cercam a quadra, e só uns poucos ingressos são distribuídos a cada partida, entre os atletas.

Deandre Ayton, do Phoenix Suns, contra jogadores do Toronto Raptors: dentro da "Bolha" em Orlando (Bill Baptist/NBAE via Getty Images/Getty Images)

Outra mudança: em respeito ao protocolo sanitário imposto pela liga para ajudar na prevenção ao novo coronavírus, os confrontos eliminatórios foram totalmente repaginados.

Desde 2018 no Lakers, no qual ingressou depois de vencer mais um torneio pelo Cleveland, dois anos antes, James participa de sua décima final. Seu time atual despachou o Denver Nuggets no sábado e o Heat, com muito esforço, obrigou o Boston Celtics a fazer as malas no domingo.

O grupo da Flórida não é o mesmo da época de James – o quarentão Udonis Haslem é o único jogador da sua época. Agora o time está ancorado na agilidade de Jimmy Butler e de duas estrelas em ascensão, Bam Adebayo e Tyler Herro. Uma derrota para o antigo uniforme talvez seja mais difícil para James engolir – e um motivo a mais para o Heat mostrar em quadra tudo que tem.

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